Com o aumento da expectativa de vida, estamos vivendo cada vez mais, e para que esse envelhecimento venha acompanhado de saúde e qualidade de vida é necessário cuidar da alimentação.
Algumas características comuns do envelhecimento, como a diminuição do paladar e na dificuldade de mastigação, influenciam nos alimentos escolhidos para as principais refeições. Essas características favorecem a escolha de alimentos mais doces ou salgados e com menos proteínas, devido a dificuldade de mastigação.
Porém é necessário se atentar as quantidades de proteína, pois uma alimentação com pouca proteína favorece o desenvolvimento de sarcopenia, que é uma doença muscular relacionada a diminuição de força e massa muscular. Essa doença está relacionada com a capacidade do idosos de realizar atividades diárias, como levantar, ir as compras, tomar banho entre outras tarefas, diminuindo a independência do idoso e sua qualidade de vida.
Dessa forma a alimentação do idoso deve garantir quantidades suficientes de proteínas, alguns exemplos de alimentos que são ricos em proteínas são os ovos, carne, peixe, frango, leite e derivados. Além da proteína o consumo de alimentos ricos em antioxidantes e gorduras boas, como nozes, castanhas, frutas e verduras, é essencial para suprir as demandas de nutrientes do corpo. É necessário também evitar alimentos ricos em açúcar e sódio, como alimentos ultraprocessados (salgadinho, sucos de caixa, refrigerantes, comida pronta congelada) dando preferência a alimentos naturais. Para idosos que possuem dificuldade de mastigação existem técnicas de preparo que deixam a comida mais macia, como por exemplo o cozimento das carnes, purês, carne moída, frango desfiado entre outras estratégias que podem facilitar a mastigação.
O envelhecimento não é sinônimo de adoecimento, cuide da sua saúde e alimentação para envelhecer com qualidade de vida.
Nutricionista formada pela Universidade Federal de São Paulo
Atua na área clínica