Calcula-se que uma em cada 10 mulheres em idade reprodutiva tenha endometriose, doença caracterizada pela presença do endométrio -tecido que reveste o interior do útero- fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve, como o abdômen, os ovários, bexiga e intestino, provocando dores e sangramento todo mês
De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, a doença afeta seis milhões de brasileiras. Segundo a entidade, entre 10% e 15% das mulheres em idade reprodutiva (13 a 15 anos) têm possibilidades de desenvolvê-la, e dessas 30% têm chance de ficarem estéreis.Embora muitas não tenham sintomas, outras reclamam de dores tão intensas que chegam a causar desmaios. E não é apenas a dor física: mulheres afirmam que a doença pode arruinar os relacionamentos, pois o sexo se torna doloroso.
Segundo o jornal britânico The Guardian, uma pesquisa da organização britânica Charity Endometriosis com seus membros, mostrou que 25% das mulheres tiveram pensamentos suicidas por causa da doença, que também pode fazer com que as pacientes percam seus empregos. Nos Estados Unidos (EUA), onde 7,6 milhões de mulheres são afetadas, a doença gera um custo de U$ 80,4 bilhões por ano e, com base em estudo feito em 2008, pesquisadores presumem que esta condição possa ser responsável por quase metade dos casos inexplicáveis de infertilidade.
Algumas mulheres tomam analgésicos, outras se beneficiam com cirurgias, mas conforme um especialista, este tipo de cirurgia é tão especializada quanto uma operação para tratamento do câncer, ou até mais.
De acordo com pesquisadores que investigam o genoma das mulheres com a doença, cerca de 50% dos casos de endometriose são hereditários.
Redação Portal Saúde no Ar