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Empresa dos EUA fará vacina contra à dengue

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O Instituto Butantan assinou na última quarta-feira (12/12) um contrato de transferência tecnológica  com a empresa norte- americana, Merck Sharp and Dhome (MSD) para a fabricação e comercialização no exterior de uma vacina contra à dengue.

Com o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) o Instituto Butantan criou o processo de liofilização  que transforma a vacina em pó, para ser reconstituída no momento da aplicação.  Esse processo facilita o transporte, reduz o custo da armazenação e beneficia pessoas que moram em locais de difícil acesso. A patente da liofilização já foi concedida a diversos países.

Além dos royalties sobre as vendas, o Butantan receberá o pagamento inicial de US$ 25 milhões, podendo receber até US$ 101 milhões. Parte do valor será investido em pesquisa e na produção de vacinas pelo órgão, vinculado à Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. .

A vacina desenvolvida no Instituto Butantan  previne os quatro subtipos do vírus da dengue (1,2,3 e 4) e deverá ser indicada para pessoas de 2 a 59 anos de idade, com eficácia também em pessoas que não tiveram a doença anteriormente.

A doença é considerada endêmica em pelo menos 100 países da Ásia, Pacífico, Américas, África e Caribe. Cerca de 2,5 bilhões de pessoas, ou o equivalente a 40% da população mundial, vivem em áreas onde há risco de transmissão da dengue.

A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que entre 50 milhões a 100 milhões de infecções sintomáticas ocorrem a cada ano no mundo, resultando em até 20 mil mortes, principalmente entre crianças.

O Brasil é um dos países mais afetados do mundo. O maior número de casos  registrados no Brasil foi  em 2015, com 1,6 milhão de registros da doença e 863 óbitos.

O instituto pedirá registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para que a vacina  possa ser disponibilizada à população brasileira. De acordo com informação do Instituto Butantan, a Fase 3 do estudo clínico foi iniciada em 2016 e ocorre em 14 centros de pesquisa clínica, distribuídos nas cinco regiões do país. Cerca de 17 mil voluntários participam dos testes.

Fonte: Instituto Butantan – Agência Brasil

 

JR

 

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