Dados do relatório “Sistema de Estimativas de Emissões de Gases do Efeito Estufa do Observatório do Clima”, o SEEG, divulgado nesta quinta-feira (23), revela que o Brasil registrou queda de 8% nas emissões de gases estufa em 2022. Os números são a terceira maior marca observada desde 2005.
De acordo com o relatório os principais motivos para a redução, foi a taxa de desmatamento da Amazônia no ano passado. Bem como, o grande volume de chuvas, que geraram uma diminuição recorde no acionamento de termelétricas fósseis. O aumento das emissões ao longo dos últimos quatro anos impõe desafios para que o Brasil cumpra a meta de redução estabelecida no Acordo de Paris. Para que seja cumprida, é preciso diminuir em 49% as taxas de emissão provenientes do desmatamento na Amazônia até 2025.
Principais pontos do relatório:
- Entre 2019 e 2022, o Brasil emitiu 9,4 bilhões de toneladas brutas de gases do efeito estufa, retornando aos patamares observados entre os anos 1990 e início dos anos 2000;
- O Brasil é o sexto maior poluidor climático, responsável por 3% das emissões globais. O país fica atrás de China, EUA, Índia, Rússia e Indonésia;
- A devastação de todos os biomas brasileiros correspondeu a 1,12 bilhão de tonelada de gás carbônico (CO2) emitida, ou seja, 48% do total registrado;
- Na agropecuária houve aumento recorde nas emissões, com alta de 3%, o maior desde 2003.
Além disso, entre os setores mais poluentes, as mudanças do uso de terra foram responsáveis por grande parte das emissões de gases em 2022 registrando 48% do total, em 2021 o número chegou a 52%. A agropecuária, segundo setor mais poluente de CO2, registrou 27% das emissões nacionais. Já com relação ao setor energético, terceiro mais poluente, houve queda de 5% na emissão de gases.
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