Durante missa neste domingo de Páscoa (9), o papa Francisco expressou sua “profunda preocupação” com a violência no Oriente Médio, a repressão política na Nicarágua e a pobreza no Haiti.
Durante a tradicional bênção “Urbi et Orbi” (à cidade e ao mundo), na praça São Pedro no Vaticano, o papa falou a respeito da violência em Jerusalém e nos arredores esta semana “ameaçam o desejado desejado clima de confiança e respeito recíproco, necessário para retomar o diálogo entre israelenses e palestinos”.
As declarações de Francisco se referiram à nova espiral de violência que começou após a intervenção da polícia israelense na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, na quarta-feira (5), que retirou fiéis palestinos em pleno período de festas religiosas – Ramadã muçulmano e Páscoa judaica.
Haiti e Nicarágua
Francisco também citou a Nicarágua — onde o governo de Daniel Ortega vem batendo de frente com a Igreja Católica e cancelou as celebrações de Páscoa.
‘Ajuda ao povo ucraniano’
O papa voltou a falar a respeito da guerra na Ucrânia. Em sua bênção, o pontífice pediu “ajuda ao amado povo ucraniano” e “luz” sobre o povo russo.
Na cerimônia de Via Crucis (que se refere ao trajeto percorrido por Jesus carregando a cruz) de sexta-feira (7) — à qual o papa não foi para se proteger do clima frio —, o Vaticano incluiu uma mensagem escrita por um jovem ucraniano e outra de um russo em uma das 14 estações do percurso.
O ucraniano recordou o exílio da família e o recrutamento do pai, enquanto o russo mencionou um “sentimento de culpa” e lamentou a perda do irmão, morto em batalha, embora o gesto tenha sido contestado pela embaixada da Ucrânia perante a Santa Sé por “igualar” os dois países.