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Em cinco décadas, vida selvagem da terra diminuiu em 70%

De acordo com relatório Relatório Living Planet, publicado pelo WWF (World Wildlife Fund), a população animal de espécies selvagens sofreu, desde 1970, uma redução de quase 70% , provocada por causas humanas.

A última avaliação da vida selvagem está disponível no Relatório Planeta Vivo 2022, que analisa as tendências da biodiversidade global e da saúde do planeta. O documento alerta para um declínio médio de 69% nas populações de diferentes espécies desde 1970.
Segundo 89 autores do relatório existe há necessidade de os lideres mundiais se alinharem num acordo ambicioso na Cimeira de Biodiversidade a realizar-se no Canadá, em dezembro deste ano. Para o grupo, reduzir as emissões de carbono para limitar o aquecimento global abaixo de 1,5°C nesta década deverá ser um dos tópicos prioritários na agenda.

Últimos 50 anos

Ainda segundo o relatório, a medida que a espécie humana continua a desmatar florestas, a consumir os recursos para além dos limites do planeta e a poluir em grande escala, a abundância de pássaros. Bem como, peixes, anfíbios e répteis está a diminuir em mais de dois terços – foi esta a tendência entre 1970 e 2018.
A avaliação mostra que o uso da terra continua ser o fator com maior impacto na perda de biodiversidade em todo o planeta. Os investigadores realçam que a maior dificuldade dos animais está na liberdade de movimentos pelas paisagens terrestres.
Desse modo, apenas 37% dos rios com mais de mil quilómetros continuam a fluir livremente ao longo de toda a extensão. Enquanto apenas 10% das áreas protegidas do mundo em terra são bloqueados ora por infraestruturas, ora por áreas agrícolas.
De acordo com o relatório, as populações de animais selvagens mais afetadas vivem no centro e no sul do Continente Americano. Em 48 anos, registou-se uma queda de 94%.
Tanya Steele, chefe executiva do WWF-UK, afirma, que “O relatório diz-nos que os piores declínios estão na região da América Latina, que abriga a maior floresta tropical do mundo, a Amazónia. As taxas de desmatamento estão a acelerar, despojando esse ecossistema único não apenas de árvores. Mas da vida selvagem que depende delas e da capacidade da Amazónia em atuar como um dos nossos maiores aliados na luta contra as mudanças climáticas.”

Além disso, o Continente Africano apresenta a segunda maior queda, com 66%, seguido da Ásia e Pacífico, com 55%, e América do Norte, com 20%. A Europa e a Ásia Central registaram uma queda de 18%. A perda total é semelhante ao desaparecimento da população humana da Europa, Américas, África, Oceânia e China, de acordo com o relatório.

 

 

 

 

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