Em alerta para baixa cobertura vacinal OMS recomenda dose única contra o HPV

Em novo alerta, a Organização Mundial da Saúde (OMS) atualiza as recomendações para a vacina contra o HPV (papilomavírus humano).De acordo com o documento, a OMS afirma que um esquema de dose única pode oferecer eficácia e durabilidade de proteção comparáveis a um esquema de duas doses.

Inicialmente a recomendação para o agendamento alternativo de dose única aconteceu através do grupo consultivo independente de especialistas da OMS, chamado SAGE, em abril.

Segundo a OMS a orientação é oportuna por conta da baixa cobertura vacinal contra o HPV em todo o mundo. Entre 2019 e 2021, a cobertura da primeira dose da vacinação contra o HPV caiu de 25% para 15%. Dessa forma 3,5 milhões de meninas a mais perderam a vacinação contra o HPV em 2021 em comparação com 2019.

Assim, a alternativa de aplicação de dose única contra o HPV poderá ampliar o acesso à vacina. Oferecendo aos países a oportunidade de expandir o número de meninas vacinadas e reduzindo o esforço pelo acompanhamento muitas vezes complicado e caro necessário para completar a série de vacinação.

Entre as novas recomendações  da OMS estão:

  • Um esquema de uma ou duas doses para meninas de 9 a 14 anos
  • Um esquema de uma ou duas doses para meninas e mulheres de 15 a 20 anos
  • Duas doses com intervalo de 6 meses para mulheres com mais de 21 anos

Além disso, o documento ressalta  a importância de vacinar como prioridade pessoas imunocomprometidas ou vivendo com HIV. Indivíduos imunocomprometidos devem receber no mínimo duas doses e, quando possível, três doses.

O alvo primário da vacinação são as meninas de 9 a 14 anos, antes do início da atividade sexual. A vacinação de alvos secundários, como meninos e mulheres mais velhas, recomendada quando viável e acessível.

No Brasil a vacina iniciou a aplicação de maneira escalonada no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2014. A vacinação está disponível para qualquer pessoa de 9 a 14 anos de idade, independentemente do sexo. Contudo, em julho, a oferta do imunizante foi ampliada para a população masculina imunossuprimida. Homens de até 45 anos transplantados, pacientes oncológicos ou vivendo com HIV/Aids podem se vacinar. De acordo com o ministério da Saúde, é adotado o esquema tradicional de três doses, independentemente da idade.

 

 

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