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Déficit primário de R$ 43 bilhões. Entenda!

Em 2024, as contas públicas brasileiras registraram um déficit primário de R$ 43 bilhões, equivalente a 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB). Embora a meta fosse zerar o déficit, o arcabouço fiscal permitia uma margem de tolerância de até 0,25% do PIB, ou seja, R$ 28,8 bilhões. O resultado final superou essa margem devido a gastos extraordinários para mitigar os efeitos de desastres naturais, como temporais no Rio Grande do Sul e queimadas no Norte e Nordeste. Descontando esses gastos, o déficit seria de R$ 11 bilhões.

As empresas estatais federais contribuíram significativamente para esse cenário, registrando um déficit acumulado de R$ 3,3 bilhões de janeiro a agosto de 2024, com projeções indicando que o valor poderia chegar a R$ 3,7 bilhões até o final do ano, o maior em 15 anos.

As cinco empresas públicas federais mais deficitárias em 2024 foram:

  1. Emgepron: Déficit de R$ 2,5 bilhões.
  2. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT): Déficit de R$ 2,1 bilhões.
  3. Empresa Gestora de Ativos (Emgea): Déficit de R$ 866 milhões.
  4. Infraero: Déficit de R$ 536 milhões.
  5. Dataprev: Déficit de R$ 323 milhões.

É importante notar que esses resultados não incluem empresas como Petrobras, Eletrobras e bancos públicos.

As possíveis razões para esses déficits incluem:

É crucial entender que o déficit primário não equivale necessariamente a prejuízo operacional. Em muitos casos, esses déficits refletem investimentos estratégicos que podem gerar retornos futuros e fortalecer a posição dessas empresas no mercado. No entanto, é fundamental que haja uma gestão eficiente e transparente para garantir a sustentabilidade financeira das estatais e minimizar impactos negativos nas contas públicas.

 

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