A onda de calor sentida nos últimos dias nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país sofre influência do fenômeno El Niño,
“Tudo indica que teremos um verão extremamente quente. É um El Niño de intensidade muito forte que, juntamente com o aquecimento global, produz esses efeitos que nós estamos vendo”, diz o coordenador da Rede Clima da Universidade de Brasília (UnB), Saulo Rodrigues Pereira Filho.
Os termômetros do Rio de Janeiro já haviam superado os 40°C em algumas ocasiões nesta semana. Na capital fluminense, a sensação térmica superou os 58°C nesta terça-feira (14). Já no Centro-Oeste, dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) relativos a ontem indicaram que Cuiabá foi a capital mais quente do país.
As projeções indicando que as ocorrências de fortes chuvas, calor extremo e secas severas deverão ficar mais frequentes e mais intensas. São episódios que podem desencadear desastres socioambientais e problemas de saúde, Esses fenômenos não é apenas consequência do El Niño,mas também do aquecimento global.
Temos, no máximo, 10 anos para conseguir permanecer abaixo do limiar de aquecimento de 1,5 oC evitando uma catastrofe na humanidade.
As mudanças climáticas interferem na saúde podendo influenciar na propagação de vetores, na qualidade das águas e na produção de alimentos, além de contribuir para a poluição do ar. As doenças mais sensíveis a essas mudanças são as infecciosas, como leishmaniose, malária e dengue e outras arboviroses.
Temperaturas mais elevadas também mostraram aumentar a incidência de doenças transmitidas pela água e por alimentos, como hepatite, gastroenterite viral e cólera.
Nas cidades com ondas de calor é aconselhavel que as pessoas bebam mais água para hidratar o organismo.