Pesquisadores da Universidade Case Western Reserve (EUA) desenvolveram uma técnica para analisar imagens de ressonância magnética que está esclarecendo os efeitos de um tratamento cada vez mais usado para o câncer de próstata.
A análise das imagens permite medir quantitativamente os riscos de um procedimento conhecido como ablação e mostrar se as alterações na forma da próstata induzidas pelo tratamento estão ou não associadas com uma maior recorrência do câncer.
O câncer da próstata pode apresentar vários níveis. Aqueles de “baixo grau” têm um risco baixo de progredirem, dispensando os tratamentos e podendo ser apenas monitorados. Mas outros são suficientemente graves para exigir tratamentos imediatos, incluindo cirurgia e radioterapia.
Se o tratamento radical tem suas próprias complicações, o monitoramento também traz ansiedade a muitos pacientes. Nesses casos, é comum a realização de uma ablação a laser guiada por ressonância magnética, um tratamento de efeito localizado.
As análises iniciais com a nova ferramenta, feitas em uma amostra inicial de apenas oito pacientes, mostraram que a ablação não apenas reduz o tamanho da próstata, mas também gera deformações na glândula.
Cerca de 40 pacientes serão monitorados ao longo de cinco anos, para verificar a eventual conexão entre as deformações da próstata e o risco de recorrência do câncer ou sua conversão em um tipo agressivo.
Fonte: Diário da Saúde
Redação Saúde no Ar*
Ana Paula Nobre