Relatório, revela que no Brasil houve aumento no número de matrículas nas escolas; bem como melhora no nível de escolaridade da população nas últimas décadas; contudo ainda precisa vencer desafios por uma educação de qualidade.
A analise aconteceu em parceria entre a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE); bem como o Todos pela Educação e Itaú Social. De acordo com o documento, entre as medidas necessárias está a redução da desigualdade na educação; o que pode ficar ainda mais acentuado com os efeitos da pandemia devido à falta de acesso ao ensino remoto, e o fortalecimento de um Sistema Nacional de Educação, com a definição de papéis claros entre os entes da federação.
O relátorio divido em três documentos; somam mais de 400 páginas. Assim, citam as políticas públicas implementadas nas últimas décadas; avaliam os avanços em cada ciclo (do ensino infantil ao superior); além de trazer recomendações de melhorias em diversas áreas, e comparações com políticas adotadas em outros países.
De acordo com o relatório da OCDE, a pandemia aprofundou a recessão econômica e atingiu com força a população mais vulnerável “exacerbando as desigualdades que ainda colocam o Brasil entre os países mais desiguais do mundo”, diz o texto.
Além disso, o documento cita que, em 2018, 20% da população brasileira vivia abaixo da linha da pobreza, índice maior do que o registrado quatro anos antes, em 2014, quando eram 18%.
“Quando o assunto é educação, é de se destacar que praticamente nada do que a OCDE está recomendando está no escopo de atuação do atual governo”; avalia Olavo Nogueira Filho, do Todos pela Educação. “As agendas que o Ministério da Educação tem priorizado, como as escolas cívico-militares e o homeschooling, não tem relação com o que o relatório recomenda que deveria ser prioridade. Para um governo que tanto valoriza a OCDE e quer fazer parte deste grupo de países, fica um descolamento muito grande”.