“É devastador”, Manaus no caos sanitário

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“É devastador”, Manaus no caos sanitário
Veja também: Covid-19: réveillon suspensos nos principais centros urbanosAMP
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Em desabafo que começou nas redes sociais, o médico Filipe Shimizu também relatou a sua preocupação com a covid-19 em Manaus para o G1. De acordo com o relato, os leitos de UTI; bem como de enfermaria e internação da rede particular na cidade esgotaram entre 48h a 72h.

” A gente está se virando como pode para receber os pacientes com Covid. (…) Muitos, muitos casos novos. E que infelizmente estão evoluindo para uma necessidade ventilatória mais avançada. É devastador não ter material suficiente, não ter leito para esse pessoal esperar (…)”. Diz o relato.

Além disso, por conta do grande número de novos casos, familiares de pacientes e funcionários dos hospitais relatam a lotação e o clima complicado das unidades de saúde. DE acordo com informações do Ministério da Saúde; até o momento o estado registra 198.201 casos confirmados da covid-19; desses, 167.805 já estão recuperados. Contudo; 5.232 tiveram óbito confirmado em decorrência da doença. Mais de 600 estavam internados até o dia 28 de dezembro.

 

“É devastador”

 

Shimizu que trabalha na linha de frente da pandemia como clínico geral; conta no seu depoimento o número de internações e óbitos; além de narrar as dificuldades vividas pelos profissionais de saúde.

Ainda assim, mesmo emocionado durante a gravação, o médico pede a população que fiquem em casa; para evitar piora no quadro da pandemia na cidade.

“Tem que ter a cabeça muito no lugar. Mas mesmo com a cabeça no lugar e com toda tranquilidade, é muito difícil. Tá sendo muito desgastante físico e emocionalmente tudo. Fisicamente porque chega um paciente e a gente tem que preparar para a entubação, às vezes para a ressuscitação cardio-pulmonar, e cansa demais isso. Cansa demais. E mentalmente porque a gente não tem a certeza de como esse paciente vai se adaptar ao ventilador, de como o paciente vai responder às medicações para controle da pressão […]”.

Ainda durante o relato, o Filipe conta a comunidade medica está dando mais do que pode. De acordo com ele, “Não tem como comportar tanta gente de uma vez só. Não está dando para atender todo mundo de maneira rápida. A gente, infelizmente, deve perder muito mais gente agora. Cada morte é sentida pela equipe médica, tanto quanto pela família, tenham certeza disso. A gente se sente muito responsável pelas vidas que a gente toca. É muito complicado quando a gente perde alguém”.

“Fiquem em casa, pelo amor de Deus. Só saiam para o extremamente necessário. […] A Covid tá voltando com tudo, numa velocidade assustadora e eu tenho medo do futuro, dos reflexos da pandemia, do que ela pode gerar de resistência bacteriana, de bactérias resistentes a alguns antibióticos prescritos de maneira equivocada por colegas médicos, tomados de maneira equivocada pelas pessoas. Enfim, a única forma de combater isso é permanecer em casa, se cuidando, principalmente cuidando dos outros. Não tem mais leito, não tem mais UTI, não tem mais corredor”, concluiu.

De acordo com a prefeitura de Manaus, com a flexibilização das medidas de isolamento; a média de enterros voltou a aumentar desde setembro; passando de 30 para 45 sepultamentos por dia. Ainda assim, o governo do estado publicou decreto autorizando a reabertura do comércio não essencial.

Além disso, dos 11 hospitais particulares da capital, sete estão com 100% dos leitos de UTI ocupados. Já os hospitais públicos estão com mais de 90% de taxa de ocupação de leitos.

 

Em desabafo que começou nas redes sociais, o médico Filipe Shimizu também relatou a sua preocupação com a covid-19 em Manaus para o G1. De acordo com o relato, os leitos de UTI; bem como de enfermaria e internação da rede particular na cidade esgotaram entre 48h a 72h.

” A gente está se virando como pode para receber os pacientes com Covid. (…) Muitos, muitos casos novos. E que infelizmente estão evoluindo para uma necessidade ventilatória mais avançada. É devastador não ter material suficiente, não ter leito para esse pessoal esperar (…)”. Diz o relato.

Além disso, por conta do grande número de novos casos, familiares de pacientes e funcionários dos hospitais relatam a lotação e o clima complicado das unidades de saúde. DE acordo com informações do Ministério da Saúde; até o momento o estado registra 198.201 casos confirmados da covid-19; desses, 167.805 já estão recuperados. Contudo; 5.232 tiveram óbito confirmado em decorrência da doença. Mais de 600 estavam internados até o dia 28 de dezembro.

 

“É devastador”

 

Shimizu que trabalha na linha de frente da pandemia como clínico geral; conta no seu depoimento o número de internações e óbitos; além de narrar as dificuldades vividas pelos profissionais de saúde.

Ainda assim, mesmo emocionado durante a gravação, o médico pede a população que fiquem em casa; para evitar piora no quadro da pandemia na cidade.

“Tem que ter a cabeça muito no lugar. Mas mesmo com a cabeça no lugar e com toda tranquilidade, é muito difícil. Tá sendo muito desgastante físico e emocionalmente tudo. Fisicamente porque chega um paciente e a gente tem que preparar para a entubação, às vezes para a ressuscitação cardio-pulmonar, e cansa demais isso. Cansa demais. E mentalmente porque a gente não tem a certeza de como esse paciente vai se adaptar ao ventilador, de como o paciente vai responder às medicações para controle da pressão […]”.

Ainda durante o relato, o Filipe conta a comunidade medica está dando mais do que pode. De acordo com ele, “Não tem como comportar tanta gente de uma vez só. Não está dando para atender todo mundo de maneira rápida. A gente, infelizmente, deve perder muito mais gente agora. Cada morte é sentida pela equipe médica, tanto quanto pela família, tenham certeza disso. A gente se sente muito responsável pelas vidas que a gente toca. É muito complicado quando a gente perde alguém”.

“Fiquem em casa, pelo amor de Deus. Só saiam para o extremamente necessário. […] A Covid tá voltando com tudo, numa velocidade assustadora e eu tenho medo do futuro, dos reflexos da pandemia, do que ela pode gerar de resistência bacteriana, de bactérias resistentes a alguns antibióticos prescritos de maneira equivocada por colegas médicos, tomados de maneira equivocada pelas pessoas. Enfim, a única forma de combater isso é permanecer em casa, se cuidando, principalmente cuidando dos outros. Não tem mais leito, não tem mais UTI, não tem mais corredor”, concluiu.

De acordo com a prefeitura de Manaus, com a flexibilização das medidas de isolamento; a média de enterros voltou a aumentar desde setembro; passando de 30 para 45 sepultamentos por dia. Ainda assim, o governo do estado publicou decreto autorizando a reabertura do comércio não essencial.

Além disso, dos 11 hospitais particulares da capital, sete estão com 100% dos leitos de UTI ocupados. Já os hospitais públicos estão com mais de 90% de taxa de ocupação de leitos.

 

Em desabafo que começou nas redes sociais, o médico Filipe Shimizu também relatou a sua preocupação com a covid-19 em Manaus para o G1. De acordo com o relato, os leitos de UTI; bem como de enfermaria e internação da rede particular na cidade esgotaram entre 48h a 72h.

” A gente está se virando como pode para receber os pacientes com Covid. (…) Muitos, muitos casos novos. E que infelizmente estão evoluindo para uma necessidade ventilatória mais avançada. É devastador não ter material suficiente, não ter leito para esse pessoal esperar (…)”. Diz o relato.

Além disso, por conta do grande número de novos casos, familiares de pacientes e funcionários dos hospitais relatam a lotação e o clima complicado das unidades de saúde. DE acordo com informações do Ministério da Saúde; até o momento o estado registra 198.201 casos confirmados da covid-19; desses, 167.805 já estão recuperados. Contudo; 5.232 tiveram óbito confirmado em decorrência da doença. Mais de 600 estavam internados até o dia 28 de dezembro.

 

“É devastador”

 

Shimizu que trabalha na linha de frente da pandemia como clínico geral; conta no seu depoimento o número de internações e óbitos; além de narrar as dificuldades vividas pelos profissionais de saúde.

Ainda assim, mesmo emocionado durante a gravação, o médico pede a população que fiquem em casa; para evitar piora no quadro da pandemia na cidade.

“Tem que ter a cabeça muito no lugar. Mas mesmo com a cabeça no lugar e com toda tranquilidade, é muito difícil. Tá sendo muito desgastante físico e emocionalmente tudo. Fisicamente porque chega um paciente e a gente tem que preparar para a entubação, às vezes para a ressuscitação cardio-pulmonar, e cansa demais isso. Cansa demais. E mentalmente porque a gente não tem a certeza de como esse paciente vai se adaptar ao ventilador, de como o paciente vai responder às medicações para controle da pressão […]”.

Ainda durante o relato, o Filipe conta a comunidade medica está dando mais do que pode. De acordo com ele, “Não tem como comportar tanta gente de uma vez só. Não está dando para atender todo mundo de maneira rápida. A gente, infelizmente, deve perder muito mais gente agora. Cada morte é sentida pela equipe médica, tanto quanto pela família, tenham certeza disso. A gente se sente muito responsável pelas vidas que a gente toca. É muito complicado quando a gente perde alguém”.

“Fiquem em casa, pelo amor de Deus. Só saiam para o extremamente necessário. […] A Covid tá voltando com tudo, numa velocidade assustadora e eu tenho medo do futuro, dos reflexos da pandemia, do que ela pode gerar de resistência bacteriana, de bactérias resistentes a alguns antibióticos prescritos de maneira equivocada por colegas médicos, tomados de maneira equivocada pelas pessoas. Enfim, a única forma de combater isso é permanecer em casa, se cuidando, principalmente cuidando dos outros. Não tem mais leito, não tem mais UTI, não tem mais corredor”, concluiu.

De acordo com a prefeitura de Manaus, com a flexibilização das medidas de isolamento; a média de enterros voltou a aumentar desde setembro; passando de 30 para 45 sepultamentos por dia. Ainda assim, o governo do estado publicou decreto autorizando a reabertura do comércio não essencial.

Além disso, dos 11 hospitais particulares da capital, sete estão com 100% dos leitos de UTI ocupados. Já os hospitais públicos estão com mais de 90% de taxa de ocupação de leitos.

 

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