A psicóloga Mariângela Rangel, psicóloga de 57 anos, sentia moleza nas pernas e dificuldade para segurar a urina. Procurou alguns médicos especializados e fez diversos exames que não revelaram problema algum. Ela sofreu dois acidentes de carro em 15 dias por não conseguir apertar os freios. Na primeira vez, ela culpou o carro, mas na segunda percebeu que a falha havia sido sua.
Outro problema que enfrenta era muitas dores nos dentes, que ela classifica como “ insuportável”, mas os exames odontológicos também não indicavam problema bucal. Os resultados dos exames não davam nada e as dores pioravam. Médicos começaram a achar que as dores fossem emocionais.
Segundo Mariângela, foi graças ao seu dentista que a situação começou a se resolver. Depois de analisar muito o problema, ele conseguiu enxergar um possível e preciso diagnóstico e sugeriu que ela procurasse um dentista.
Não deu outra. Após uma bateria de exames descobriu-se um cisto no cérebro, próxima ao nervo trigêmeo, responsável pela sensibilidade da face, e que tem esse nome porque se divide em três ramos, o oftálmico, o mandibular e o maxilar”. A reportagem publicada no site Terra, recebeu explicações do neurologista Mariano Cruz Pires,. Ele disse que quando o ramo mandibular é o mais afetado, as sensações sentidas pela pessoa são facilmente confundidas com uma dor de dente muito forte”.
Disse ainda que a depender da sua localização, um cisto no cérebro também pode causar cegueira, dores de cabeça, convulsões, problemas de equilíbrio, mudança no estado mental e até algum tipo de paralisia.
Como o cisto estava localizado em uma região complicada de mexer, os médicos optaram por não retirar o cisto que estava em um local de difícil acesso. Fizeram apenas uma limpeza no local e colocaram um aparelho para drenar o líquido que o cisto produzia.
Mariângela que ficou sem poder andar passou por várias sessões de fisioterapia e agora não sente mais nada. “No meu dia a dia eu nem lembro que tenho um cisto e devo isso ao meu dentista, que foi o único que conseguiu enxergar além dos resultados dos exames”, afirma.
A.V.