Doença Social GRAVE
Hereditária, sistêmica, contagiosa e com prevalência acima de 80% entre instituições, lideres e pessoas comuns. A corrupção nossa de cada dia, uma doença social grave.
Desde pequenos gestos ainda na infância, onde a corrupção infantil nas brincadeiras se apresenta nas vantagens para ganhar o jogo e ganhar a qualquer prova. A qui, o remédio precisa ser amargo e preventivo. Perder com ética faz crescer com moral e solidariedade.
Em outras fases da vida somos constantemente colocado a prova com tantos jeitinhos brasileiros, para se dar bem, a qualquer preço, levar vantagens para obter o chamado melhor custo, mesmo se não tenha o melhor beneficio, seja trocando os preços de mercadorias, para pagar menos, subornando agentes públicos para obter vantagens financeiras, políticas ou de prestígios, uma doença social grave. No mercado de trabalho nem se fala, é um salve quem puder. Primeiro eu , depois eu. O mérito? Vale tudo, vale entregar os colegas, criar intrigas para sobressair com chefe, uma verdadeira estratégia de guerra, conhecer o inimigo para derrotar na primeira oportunidade. Até quando vamos ignorar que esse modelo do vale tudo pelo dinheiro e poder está produzindo doentes com desfechos sociais graves??? Até quando a nossa tela mental produzirá excluídos dos consumos coletivo???? Até quando vamos ficar cegos aos desvios financeiros do coletivo em prol de minoria???
A corrupção ela nunca vem sozinha, é uma droga que vicia e tem as mesmas estratégias de sobrevivência do narcotráfico. Dividir para sobressair, usando estratégias de gestão piramidal de poder e dominação. Desta forma, confunde os dominados e joga-lhes a ignorância e escravidão.
Vejam o que ocorreu em 1888, com assinatura da Lei Áurea. Para o crescimento sócio econômico e por causa das pressões dos porões não era mais possível ter homens negros escravos. Foram libertos e jogados a própria sorte. Não criaram estratégias de crescimento, não deram mesmas oportunidades que os filhos dos Senhores. Ali os negros que se destacaram eram verdadeiros gênios, pelo esforço individual que se submeteram. Perdemos homens brilhantes ao longo da historia por causa dessa doença social, a corrupção e suas conseqüências.
Na atualidade, vemos proliferar de forma visceral e rápida as conseqüências devastadoras da corrupção política em nosso país. Não dá para fechar os olhos. Mesmo trabalhando com informações construtivas, não dá para ignorar as mortes nas filas dos hospitais, não dá para ignorar o aumento das doenças endêmicas, outrora erradicadas, não dá para fechar os olhos para os desvios publico e privados que são notificados sistematicamente na imprensa, não dá pra fechar os olhos para os 300 milhões desviados do INTO, hospital referencia do pais em traumatologia no Rio de janeiro. Não dá para fechar os olhos para tantos famintos e desdentados, irmãos brasileiros, não dá para fechar os olhos para o aborto da educação integral e tantos e tantos direitos garantidos constitucionalmente, uma comprovada doença social grave.
No ultimo dia 19, O comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas sintetizou de forma analítica o momento atual. “Apesar dos esforços dos governos, o colapso da segurança pública nos cobra dezenas de milhares de vidas por ano; a aguda crise moral, expressa em incontáveis escândalos de corrupção, nos compromete o futuro; a ineficiência nos retarda o crescimento; a ausência, em cada um de nós, brasileiros, de um mínimo de disciplina social, indispensável à convivência civilizada; e uma irresponsável aversão ao exercício da autoridade oferecem campo fértil ao comportamento transgressor e à intolerância desagregadora”.
Meus irmãos, todos os esforços institucionais para superarmos essa triste pagina de nossa historia estão sendo colocados. Precisamos ter maturidade e consciência que o caminho da lei, da ordem, da cidadania, da tolerância e da paz deva dar a tônica, neste nefasto momento.
Com a justificativa de controlar os rombos da corrupção, estão postas estratégias do Estado Mínimo, o qual os direitos constitucionais estão sendo ajustados. Esperamos que o desfecho desta profunda crise não produza mais excluídos, não aumente ainda mais os bolsões de miséria Ao contrario, tenhamos um futuro de oportunidades iguais para todos.
Vamos apreender com os erros estratégicos de 1888, o qual colocou milhares de pessoas a própria sorte, sem nenhum planejamento estratégico. As nossas favelas são reflexos deste tempo. E agora qual a estratégia para o desenvolvimento sócio econômico de milhares de trabalhadores, desempregados, e despreparado??? Mais uma vez a própria sorte???
A educação integral com qualidade seja uma prioridade para construirmos uma sociedade mais ética e de bases sustentáveis para o desenvolvimento, assim a prevalência dessa doença discutida atingirá índices menores, dentro do esperado, assim como, em países de alto índice de felicidade e IDH.
Paz, Bem e Tolerância
Ezequiel Oliveira ( ezequiel.fisico@gmail.com)
