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A Doença de Chagas é uma doença infecciosa febril causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, que se adquire por meio do contato direto com as fezes do inseto chamado “barbeiro”. Os nomes da doença e do protozoário são homenagens aos cientistas brasileiros Carlos Chagas e Oswaldo Cruz. O nome científico da doença é Tripanossomíase americana ou brasileira.
Em função de ações de controle de vetores realizada a partir da década de 80, em 2006 o Brasil recebeu a Certificação Internacional pela Interrupção da Transmissão de Doença de Chagas pelo Triatoma infestans, espécie importada e responsável pela maior parte da transmissão vetorial no passado.
Existem aproximadamente 12 milhões de portadores da doença crônica nas Américas, cerca de 1.600.000 no Brasil. A alteração do quadro epidemiológico da doença de Chagas no país promoveu a mudança nas estratégias de vigilância, prevenção e controle, por meio da adoção de um novo modelo de vigilância epidemiológica, de acordo com os padrões de transmissão da área geográfica:
A transmissão acontece quando o T. cruzi entra no sangue a partir do contato das fezes do inseto “barbeiro” com a pele ferida ou com a mucosa do olho ou através da ingestão de alimentos contaminados com esse material. A infecção pode ocorrer também por meio da transfusão de sangue ou transplante de órgãos de pessoas portadoras da doença. Além disso, a doença pode ocorrer em recém-nascidos de mulheres que tenham a Doença de Chagas.
O tratamento deve ser indicado por um médico, após a confirmação da doença. O remédio que será administrado é fornecido gratuitamente pelo Ministério da Saúde e deve ser utilizado em pessoas que tenham a doença aguda assim que ela for identificada. O tratamento tem duração de 60 dias. Para os portadores da doença crônica a indicação desse medicamento deve ser avaliada caso a caso.
Uma das formas de prevenção da Doença de Chagas é evitar que o inseto “barbeiro” forme colônias dentro das residências. Em áreas onde os insetos possam entrar nas casas, voando pelas aberturas ou frestas, pode-se usar mosquiteiros ou telas metálicas. Recomenda-se usar medidas de proteção individual (repelentes, roupas de mangas longas etc.) durante a realização de atividades noturnas (caçadas, pesca ou pernoite) em áreas de mata. Recomenda-se que as pessoas consumam alimentos origem vegetal preferencialmente pasteurizados.
Fonte: Sociedade Brasileira de Infectologia
Redação Saúde no Ar*
Ana Paula Nobre