Com mais de um ano de Covid-19, é descobertas ainda mais sequelas deixadas nos pacientes que já tiveram o vírus. De acordo com estudo realizado com quase 4 mil pessoas que tiveram a Covid-19, a pesquisa publicada na revista The Lancet identificou mais de 200 sintomas da chamada Covid longa, que permanece após a infecção aguda.
Contudo, ainda em 2020, outros pesquisadores alertaram para a possibilidade de que algumas pessoas poderiam sofrer, em algum nível, perda de função sexual. Além disso, a confirmação é que a Covid pode agravar doenças cardiovasculares; tendo também o risco do surgimento de disfunção erétil.
“É uma condição que pode ocorrer por uma conjunção de fatores após a Covid”, afirma o urologista Marco Lipay, doutor em urologia pela Unifesp e titular da Sociedade Brasileira de Urologia. De acordo com o médico ele tem recebido pacientes que se queixam da dificuldade de manter ereção após a infecção pelo coronavírus.
Dessa forma, ressalta os pesquisadores que o paciente pode ter um processo inflamatório na microcirculação que resulta em falha de ereção; mas há ainda outros fatores, como alteração no olfato (que está ligado ao estímulo sexual) ou inseguranças que aparecem com a condição física ainda um pouco debilitada e que compromete a performance sexual”, diz o médico.
Por outro lado, o distúrbio não parece ser permanente. Contudo, caso detectada especialistas recomendam que deve procurado o medico quanto antes. “Postergar o tratamento vai tornar difícil a busca por uma solução. É melhor fazer o diagnóstico e tratar cedo do que esperar que maiores inseguranças apareçam”, conclui o urologista.