Nesta terça-feira (08/12), a presidente Dilma reunirá os 27 governadores da Federação, e mais entidades nacionais que representam os municípios, em Recife, para discutir os casos de microcefalia no país. “Precisamos da união de todos, governo federal, estados, municípios e a sociedade civil”, disse a presidente Dilma, acrescentando que “o compromisso não é de apenas uma unidade da Federação”, mas de todo Brasil.
No sábado (05/12), ela se reuniu no Comando Militar do Nordeste (CMNE), com o governador Paulo Câmara para discutir medidas de combate ao Aedes aegypti, e destacou a eficiência da Vigilância em Saúde de Pernambuco por ter sido o primeiro Estado a identificar os vírus zika e chikungunya, transmitidos pelo mosquito, que também propaga a dengue.
Na ocasião, a presidenta lançou o Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. Trata-se de uma grande mobilização nacional envolvendo diferentes ministérios e órgãos do governo federal, em parceria com estados e municípios, para conter novos casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika. “Estamos dando início a uma campanha liderada pelo Ministério da Saúde. É uma força federal de ataque ao Zika junto com as forças estaduais, Polícia Militar, Bombeiros, vigilância sanitária, todos, inclusive a sociedade. Para ela ser vitoriosa tem que contar com a presença da população. Qualquer local, resíduo de lixo, pneu velho, se tiver água, ele reproduz o mosquito. É importante que a população perceba que essa é uma ação de guerra contra o mosquito”, presidenta Dilma.
O Plano é resultado da criação do Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII), que envolve 19 órgãos e entidades.
Com o crescente número de casos de microcefalia no país, o Ministério da Saúde declarou, no mês passado, Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional no país. Até 28 de novembro de 2015, 1.248 crianças nasceram com suspeita deste problema grave, que prejudica o desenvolvimento das crianças. Desde então, o governo federal está mobilizado para estudar e controlar a situação.
O plano é dividido em três eixos de ação: Mobilização e Combate ao Mosquito; Atendimento às Pessoas; e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa. Essas medidas emergenciais serão colocadas em prática para intensificar as ações de combate ao mosquito.
Exército ajuda no combate ao Aedes
Desde a última sexta-feira (04.12), o combate ao mosquito Aedes aegypti conta com o reforço do Exército Brasileiro em Pernambuco. A decisão foi tomada durante reunião do secretário estadual de Saúde, José Iran Costa, com o comandante da 10ª Brigada de infantaria Motorizada do Exército, General Antônio Eudes Lima.
Cerca de 750 militares passarão a apoiar o trabalho dos agentes de campo no controle do mosquito, vetor da dengue, chikungunya e da zika na Região Metropolitana do Recife (RMR) e nos 19 municípios com maior incidência de casos na Zona da Mata, Agreste e Sertão do Estado.
O zika vírus é considerado um dos vírus mais brandos transmitidos pelo Aedes, porém causa sequelas como microcefalia e a Síndrome de Guillian Barré, sendo apontado pelo Ministério da Saúde como causador do aumento de casos de microcefalia em bebês no país. Segundo a presidente Dilma, os protocolos firmados pela Secretaria de Saúde de Pernambuco para identificar a doença e cuidar das crianças e suas famílias vão servir de referência para outros Estados.
Redação Saúde no Ar
(A.V)