Um estudo realizado na Universidade de Navarra, na Espanha, aponta que modelos de alimentações saudáveis como a dieta mediterrânea – rica em frutas, verduras, grãos integrais, dentre outros alimentos – pode reduzir a incidência de câncer de mama. A pesquisa, intitulada Predimed – Prevención com Dieta Mediterránea – foi publicada na revista científica da área médica Jama, em setembro deste ano. As informações são da Reuters.
O estudo contou com 4.282 mulheres, na faixa etária entre 60 e 80 anos e durou meses. Nas análises, as participantes foram divididas em três grupos. Entre as alimentações, estão a dieta mediterrânea suplementada com azeite de oliva extravirgem – destinada ao primeiro grupo. o Já a dieta mediterrânea suplementada com oleaginosas, foi submetida ao segundo e o terceiro grupo recebeu uma dieta com recomendação para reduzir o consumo de gorduras.
Resultados apontam que a redução da incidência de câncer de mama foi de 62% no primeiro grupo. Entre todas as participantes, foram diagnosticados 35 casos da doença no período.
De acordo com o oncologista do Instituto do Câncer Mãe de Deus, Stephen Stefani, esse foi o primeiro estudo desenhado com tamanho adequado e que conseguiu quantificar o benefício da dieta mediterrânea. Stephen enfatiza que isso comprova também a parte tradicional e recomendada de não fumar, ter baixo peso e boa alimentação.
Para Stefani o azeite foi o ingrediente de destaque dentro da pesquisa. O especialista explica que o estudo mostrou que a dieta exclusiva não trouxe um impacto tão grande quanto o da associada ao azeite de oliva. Ele salienta que o produto é o protetor das mutações, ajuda na correção e na prevenção primária de tumores e tem efeito antioxidante.
A partir da pesquisa, o oncologista ressalta é possível que especialistas passem a recomendar o tipo de dieta para prevenir novos casos. Stefani destaca que dieta mediterrânea é preventiva, mas não tem efeitos quando a doença já está instalada.
*Redação Saúde no Ar