Um estudo realizado por pesquisadores norte-americanos, revela que o diabetes tipo 2 – doença em que o pâncreas não produz insulina suficiente e que as células não respondem à insulina que foi produzida – pode estar associado com a atrofia e a degeneração do cérebro. Segundo os cientistas, o tipo de diabetes é mais severo quando os pacientes têm menos tecido cerebral.
De acordo com o líder do estudo e professor de radiologia R. Nick Bryan, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, compreender o diabetes e o seu funcionamento ajuda a minimizar os seus efeitos na saúde do paciente.
A pesquisa contou com 614 pacientes, com idade média de 62 anos, que foram analisados a ligação entre a estrutura do cérebro e a severidade, além da duração do diabetes tipo 2. Os resultados apontam que os indivíduos afetados pela doença há mais tempo tinham um menor volume cerebral, principalmente na parte da substância cinzenta, área responsável pelo controle muscular e pelas percepções sensoriais – visão, fala, audição e memória.
Em conclusão, Bryan explica que a cada dez anos afetado pelo diabetes, o cérebro parece dois anos mais velho do que o de uma pessoa sem a doença. Os pesquisadores acreditam que o estudo pode ter implicações no futuro no tratamento do declínio da função cognitiva em pacientes com diabetes. Eles supõem ainda que, tal declínio pode estar relacionado a doenças como o Alzheimer.
L.O.
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