Hoje, 1º de dezembro, é celebrado o Dia Mundial de Combate ao HIV/Aids
Confusão entre HIV e Aids ainda é comum e piora o sofrimento, esclarece especialista do Iamspe
A situação exige acolhimento informativo para diminuir a angústia e melhorar do bem-estar psicológico
A confusão entre os termos Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) , e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) é comum e piora o sofrimento entre os pacientes recém-diagnosticados como HIV+ no ambulatório de Moléstias Infecciosas do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe). O engano ocorre principalmente entre as pessoas que viveram as décadas de 1980 e 1990, período em que a doença levava rapidamente à morte e o tratamento, em desenvolvimento, era pouco eficaz. A situação exige acolhimento informativo para diminuir a angústia e melhorar do bem-estar psicológico.
O HIV é o vírus causador da Aids. A infecção pode ser assintomática ou apresentar sintomas como cansaço, emagrecimento intenso e repentino e diarreia constante. Quando não tratada, pode se tornar mais grave e propiciar o desenvolvimento da Aids e de outras doenças relacionadas à imunossupressão – comprometimento do sistema imunológico. Nessa fase são frequentes enfermidades oportunistas, como infecções pulmonares, pneumonia e tuberculose em outros órgãos que não apenas o pulmão.
O infectologista do Iamspe Dr. Josias Oliveira Aragão explica que um dos motivos da confusão dos termos é a memória da imagem de pessoas com HIV extremamente debilitadas pela Aids nas décadas de 1980 e 1990. “O preconceito e a desinformação podem ofuscar o sucesso dos medicamentos usados atualmente. A pessoa com HIV não necessariamente desenvolve a Aids. Hoje os remédios podem diminuir a quantidade do vírus no sangue até ser indetectável e impedir a transmissão pelo contato sexual”, esclarece.
Na época do aumento exponencial dos casos de HIV, o tratamento era feito, muitas vezes, com mais de 20 comprimidos e os medicamentos apresentavam efeitos colaterais significativos. Atualmente, são usadas duas pílulas, ou uma em casos específicos, de drogas que provocam quase nenhuma reação. Com essa terapia, o controle do vírus pode ocorrer em semanas, evitando o desenvolvimento da Aids.
A transmissão do HIV acontece por relações sexuais desprotegidas e o compartilhamento de objetos perfurocortantes entre pessoas contaminadas, mas também de mãe que vive com o vírus soropositiva, sem tratamento, para o filho durante a gestação, parto ou amamentação.
A infecção pode ser evitada pelo uso de preservativo nas relações sexuais, além de outras medidas como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) ao vírus, que formam algumas das estratégias de prevenção combinada.
Contribui para o controle do HIV e para a prevenção da Aids o diagnóstico precoce da infecção. Por isso, o Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) oferece gratuitamente aos usuários do Iamspe teste rápido para identificar a presença de anticorpos do vírus no sangue. Os interessados devem ir ao ambulatório de Moléstias Infecciosas do Iamspe, no HSPE, de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h, com a carteirinha do Instituto em mãos. O local fica na Rua Borges Lagoas, nº 1.755.
Sobre o Iamspe
O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) é o sistema de saúde do servidor público estadual. Com uma rede de assistência própria e credenciada presente em mais de 160 municípios, o Iamspe oferece atendimento a 1,3 milhão de pessoas, entre funcionários públicos estaduais e seus dependentes.
São mais de duas mil opções de atendimento no Estado, incluindo hospitais, clínicas de fisioterapia, médicos e laboratórios de análises clínicas e de imagem, além de postos de atendimentos próprios no interior, os Ceamas, e o Hospital do Servidor Público Estadual, na Capital. O Iamspe é um órgão do Governo do Estado de São Paulo, vinculado à Secretaria de Gestão e Governo Digital.