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Dia contra o Câncer de Mama

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação anormal das células da mama, que forma um tumor maligno. Essa doença assusta várias mulheres e a melhor forma de prevenção são os exames para detecção precoce. O Ministério da Saúde iniciou a campanha Outubro Rosa para conscientização das mulheres sobre a detecção precoce do câncer de mama.

Desde os anos 90, quando foi criada a Campanha Outubro Rosa, este é um mês focado na prevenção ao câncer de mama, doença mais comum entre as mulheres no Brasil e a segunda mais frequente no mundo, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia. O diagnóstico precoce aumenta de forma considerável as chances de cura, pois se conhecendo a extensão da doença (se está localizada ou generalizada) é possível determinar qual o melhor tratamento.

Anualmente, 1,4 milhão de mulheres em todo o mundo são afetadas pela doença, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Até 2020, mundialmente mais de 1,7 milhão de casos deverão ser identificados anualmente. Só este ano, o Brasil teve mais de 57 mil novos casos diagnosticados.

Veja vídeo da campanha:

A incidência de câncer de mama no sexo masculino é pequena. Para cada mil casos, apenas um é diagnosticado em homens. Por isso, não há indicação para a realização rotineira deste exame em homens, a não ser em casos muito específicos e clinicamente bem definidos.

Ficar atento aos sinais e alterações como nódulos nas mamas e axilas e mudanças no tamanho e formato das mamas e do bico do seio são fundamentais. Mulheres com mais de 40 anos devem fazer o exame clínico das mamas uma vez por ano com um profissional da saúde e mulheres de 50 a 69 anos também devem fazer uma mamografia a cada dois anos.

Diante do cenário atual, com altos índices do câncer de mama no Brasil e no mundo, o autoexame continua sendo um importante recurso para o diagnóstico precoce da doença. De acordo com uma pesquisa realizada pelo INCA, em 66,2% dos casos de câncer de mama, a própria mulher detecta os primeiros sinais da doença. O número de exames realizados passou de 1,6 milhão para 2,2 milhões, no comparativo entre o primeiro semestre de 2010 e 2016.

Após a identificação suspeita, é importante que a paciente consulte seu médico para realizar exames preventivos como, por exemplo, a mamografia, que junto com as demais opções de exame (ultrassom, ressonância magnética, biopsia), torna-se um eficaz recurso para o diagnóstico precoce da doença.

A fim de chamar a atenção da população para a importância do diagnóstico precoce da doença, o Dr. José Michel Kalaf, membro da Comissão de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e da Sociedade Paulista de Radiologia (SPR), esclarece que “o exame de mamografia consiste no estudo radiológico das mamas: sendo capaz de detectar lesões de pequenas dimensões, não palpáveis. Esses tumores têm grandes chances de cura quando diagnosticados e tratados de forma adequada na fase inicial. É importante ressaltar que a mamografia é um exame radiológico aprimorado com equipamento adequado para avaliação seletiva das mamas”.

A mamografia não tem contraindicações. Apenas pacientes com mamas densas e com próteses de silicone requerem atenção especial. Pacientes com mamas densas podem necessitar de estudo ultrassonográfico complementar. Durante o exame, pessoas com próteses de silicone são submetidas, de forma cuidadosa e manual ao deslocamento posterior das próteses para melhor visualização do tecido mamário.

Assista vídeo sobre a importância da mamografia com o médico Dr. Rafael Batista

Há dois tipos: a primeira delas é a mamografia com sistema CR, que é a digital indireta. Ela utiliza o equipamento convencional e placas específicas que armazenam a imagem que depois é processada. A segunda é a mamografia digital com aquisição direta, sistema totalmente digital no qual o sensor que captura a imagem está incorporado ao aparelho. Altamente sofisticada e com computação avançada, possibilita exames de alta qualidade e facilita a introdução de sistemas adicionais como tomossíntese e mamografia com contraste.

A tecnologia exerce um papel fundamental para a prevenção e diagnóstico precoce da doença. No caso do câncer de mama, existem soluções que permitem a detecção de tumores com antecipação suficiente para que as pacientes possam se beneficiar de tratamentos menos traumáticos e invasivos, aumentando muito as chances de cura.

O ano de 1913 foi considerado o marco inicial da mamografia quando o cirurgião alemão Albert Salomon, em um estudo sistemático, realizou radiografia de peças de mamas após uma mastectomia. Já, em 1927, foi realizada pelo cirurgião Otto Kleinschmidt em “Die Klinik der Bösartigen Geschwulste” (avaliação clínica de tumores malignos) a primeira mamografia do mundo em uma paciente.

“A Medicina Nuclear conta com tecnologias precisas para determinar o comprometimento dos gânglios (linfonodos que atuam na defesa do organismo) e a existência de metástases e micrometástases”, afirma o médico nuclear e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, George Barberio Coura Filho.

Pesquisa de linfonodo sentinela

O exame é realizado com a injeção de um radiofármaco ao redor do mamilo ou próximo ao tumor quando realizado em conjunto com ultrassom ou mamografia que é drenado para os gânglios da axila, de onde se extrai o linfonodo sentinela, que, se estiver acometido pelas células cancerígenas, indica que existem outros gânglios potencialmente comprometidos (micrometástase) e determina a retirada de todos os linfonodos presentes no local, por meio de cirurgia.

As imagens tomográficas do linfonodo sentinela são captadas pelo equipamento SPECT/CT, tecnologia de diagnóstico por imagem mais precisa, que permite melhor localização anatômica dos achados de cintilografia, permitindo um procedimento menos invasivo.

Cintilografia de mama

Para este exame, também realizado com o equipamento SPECT/CT, é necessária a injeção do radiofármaco na veia, que facilita a identificação das lesões tumorais na mama. A tecnologia permite a localização de lesões mesmo em regiões com mais tecido mamário, o que permite avaliar lesões em que a performance dos métodos habituais está limitada.

ROLL para a marcação de tumores ocultos

A técnica ROLL, sigla em inglês para radioguided occult lesion localization, permite a marcação de lesões mamárias não detectáveis ao toque. As lesões são marcadas pelo radiofármaco injetado diretamente na mama acometida pela doença, guiado pela mamografia ou pela ultrassonografia.

O equipamento Gamaprobe detecta a radiação emitida pelo material injetado e consegue facilitar a operação para o cirurgião favorecendo que a lesão seja seguramente retirada.

PET/CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) com Tomografia Computadorizada (CT)

O exame pode detectar metástases ocultas, inclusive na região óssea, aumentando as chances de tratamento. A localização nos núcleos comprometidos é possível graças ao traçador do radiofármaco aplicado na veia, que é captado pelas células cancerígenas e identificado pelo equipamento PET/CT.

Por meio deste aparelho, a Medicina Nuclear atua também no controle das lesões mamárias malignas, após cirurgia, tratamento com quimioterapia e em mulheres cuja doença já esteja controlada. Todos os procedimentos estão no roll da Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, e são cobertos pelos convênios médicos.

Medicina Nuclear

Ainda pouco conhecida pelos brasileiros, a especialidade analisa a anatomia dos órgãos e também seu funcionamento em tempo real, permitindo diagnósticos e tratamentos mais precoces e precisos. A prática atua na detecção de alterações das funções do organismo acometidos por cânceres, doenças do coração e problemas neurológicos, entre outros.

A medicina nuclear conta com exames de alta tecnologia, como o PET/CT – capaz de realizar um mapeamento metabólico do corpo e captar imagens anatômicas de altíssima resolução, com reconstrução tridimensional, localizando com exatidão nódulos, lesões tumorais e inúmeras outras condições clínicas – e o SPECT/CT – tecnologia de diagnóstico mais rápida, precisa e com menos radiação, que permite melhor localização anatômica dos achados de cintilografia, permitindo um procedimento mais preciso e menos invasivo.

Saiba mais:

Workshop sobre câncer de mama

 

Redação Saúde no Ar

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Patricia Tosta

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