Dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) apontam que 40% da população mundial não dorme como gostaria e apresenta algum dos mais de 80 distúrbios e síndromes do sono listados pela CIDS (Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono). O dia nacional do sono é comemorado em 17 de março e ações de conscientização são desenvolvidas por diversas entidades em diversas cidades do país.
Todos já ouvimos em algum lugar que “é necessário dormir 8 horas por noite”. Entretanto, existem variações individuais na quantidade de sono necessária. Alguns indivíduos sentem-se muito bem com 6 horas de sono por noite, já outros necessitam de 10 horas.
O importante de acordo com a Cartilha da Semana do Sono é que cada um conheça seu organismo e respeite as suas necessidades e limites.Os bebês recém-nascidos costumam dormir entre 14 e 17 horas. Com o passar dos meses, o sono se concentra no período noturno e a sua duração diminui.
Cada vez mais, a população tem alterado seus hábitos de vida. A correria do dia a dia, as extensas jornadas de trabalho e o crescente uso de aparelhos eletrônicos impactaram diretamente a quantidade e/ou qualidade de sono. A redução do tempo de sono prejudica o funcionamento de diversos sistemas fisiológicos no organismo, aumentando o risco de doenças e/ou acidentes.
Os profissionais qualificados para diagnosticar e tratar estes problemas precisam ser qualificados em Medicina do Sono. Um dos procedimentos para se diagnosticar os distúrbios do sono é a polissonografia, exame que investigar as causas e a gravidade das doenças. Feito o diagnóstico e quando é o caso, o paciente é encaminhado pelo médico ao dentista.
Dentre as alternativas de tratamento, uma pode ser o uso do CPAP, uma máscara que injeta ar, melhorando o padrão respiratório do paciente, durante todo o tempo em que dorme. Caso seja diagnosticado somente o ronco ou a apneia leve, o tratamento poderá ser realizado pelo cirurgião-dentista, através do uso de um aparelho intra-oral específico. Em uma abordagem interdisciplinar a intervenção do Fonoaudiólogo ou Fisioterapeuta pode ser necessária.
O assunto foi tema do Programa Saúde no ar, da última segunda-feira (20.03). Patricia Tosta conversou com Ranuzia Galtieri,odontóloga do do sono certificada pela Associação Brasileira do Sono e Daniela Pires Fonoaudióloga, fisioterapeuta especialista em motricidade orofacial.
Ouça entrevista na íntegra: