No Brasil, os povos indígenas compõem 305 etnias, falam 274 línguas e tem uma população de quase 900 mil pessoas, a maior parte (quase 350 mil) na região norte, segundo dados do último censo demográfico. O capítulo “do índio”, da constituição de 1988, garante proteção especial à cultura indígena, preservando a sua organização social e cultural.
As iniciativas mais recentes na saúde voltadas a eles incluem a criação do subsistema de atenção à saúde dos povos indígenas, chamado de Lei Arouca, em 1999, e o decreto n° 7.336/ms, de 2010, que passou as atribuições no campo da saúde indígena da antiga Funasa para a Sesai.
O que essas iniciativas garantem, na prática? Como vivem esses povos originários? O que eles têm a oferecer como exemplo? Para saber, no Dia do Índio, celebrado neste 19 de abril, o Saúde no Ar conversou com ativistas das causa indigenistas sobre políticas de inclusão e qualidade de vida.
Mônica Marapara, coordenadora do Distrito Sanitário Indígena, ligado ao Ministério da Saúde, explicou as ações realizadas pela pasta para auxiliar a população na manutenção de seus costumes: “ Queremos viver em uma sociedade, onde nossa tradição não seja apagada. As doenças que acometem a maioria da população, chegam aos índios. Por isso o trabalho de prevenção ainda é o mais eficaz na assistência oferecida pela secretaria”.
Os desafios para tratar água, realizar tratamento sanitário e levar médicos para as comunidades ainda ocorrem na Bahia, apesar das políticas públicas de assistência.
A colunista do quadro Direitos Humanos Pra Valer e advogada, Ahamona de Brito, sugere uma reflexão mais aprofundada sobre a questão: “Se você fechar os olhos e pensar numa pessoa indígena, certamente virá em sua mente o dito “índio folclorizado”, de tangas, sem camisas, usando cocares, iletrado e sem conhecimento civilizatório, ingênuo, preguiçosos e, pior de tudo, sem direitos a serem reivindicados. Tal compreensão, infelizmente, somente perde para as visões dos povos indígenas como preguiçosos, usurpadores ilegais de terras, violentos e, potencialmente criminosos que ganha força nas regiões do país em que há uma maior presença dessa população estratégica.
Todos sabemos que os indígenas são habitantes originários da Terra Brasilis, o que não debatemos, porém, é o tratamento que lhes é conferido. Assassinados pelos ditos colonizadores e expulsos de suas terras, as opressões, abusos, negativa de direitos e violência do período colonial prosseguem neste Século XXI. Até pouco tempo, a legislação brasileira chamava os indígenas de silvícolas, não garantindo capacidade plena para assumir integralmente suas responsabilidades, precisando da tutela do Estado, independentemente das diferenças em seu processo civilizatório”, explica.
Veja abaixo alguns direitos e demandas da comunidade indígena selecionados por Ahamona:
Ouça abaixo o bate-papo completo do Saúde no Ar com Mônica Apara:
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