Em um país tropical como o Brasil, nada melhor do que ir a uma praia com direito a Sol, e água de coco, mas muitas pessoas gostam, de se expor ao sol de uma forma exagerada. É exatamente nessa demasia que os praieiros e praieiros pecam. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pele é o mais comum na sociedade, correspondendo à maior incidência no Brasil, com mais de 175 novos casos por ano.
As manifestações do câncer de pele se provêm da exibição intensa contínua e diária do corpo ao sol, o seu desenvolvimento se dá a partir do crescimento anormal dos cancros que se formam na pele, assim gerando a capacidade de se expandir para as demais áreas do corpo.
Existem três tipos principais do câncer de pele: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma.
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O tipo mais comum é o carcinoma basocelular (CBC), que correspondem a 33% de todos os cânceres no Brasil. Ela surge com uma mancha rosa na pele e cresce lentamente. Podendo surgir em regiões que recebem mais raios solares, como rosto, pescoço, orelhas e couro cabeludo, também criando a possibilidade de surgir em outras partes do corpo. Sendo mais comum afetar pessoas de pele clara, depois dos 40 anos. Esse tipo de câncer surge nas células basais, localizado na camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele). A sua letalidade é baixa, porém, sua incidência acaba sendo elevada e se transformando em um problema de saúde pública.
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Incluso no grupo não melanoma, o Carcinoma espinocelular (CEC), é o segundo tipo que mais predomina comparado com os outros tipos de câncer. Seu desenvolvimento ocorre pelas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. No início ele possui a forma de um nó que cresce rapidamente e se transforma em uma casquinha. Esses tumores pode se desenvolver por toda parte do corpo, principalmente os locais mais expostos ao sol, como rosto, orelhas, couro cabeludo, pescoço e outros. As consequências de danos nessa região geram perda de elasticidade, enrugamentos e mudanças de pigmentação. Além dos raios solares, um dos fatores que geram a doença está relacionado a infecções crônicas e cicatrizes na pele e exposição radiação ou á processos químicos. Seu aspecto pode ter aparência similar à das verrugas. Outra até mesmo tem uma coloração avermelhada que se assemelham a machucados ou feridas espessos e descamativos, que não cicatrizam e sangram ocasionalmente.
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Classificado como o mais perigoso de todos e do tipo menos frequente, o melanona tem um prognóstico complexo, mas quando há detecção precoce da doença sua chance de cura é mais de 90%, o importante é ficar atento, já que possui o mais alto índice de mortalidade. O tumor parece ser inocente, como uma pintinha escura, mas com o passar do tempo vai se deformando até atingir outros órgãos como o pulmão. Essas lesões podem surgir em áreas difíceis de serem visualizadas pelo paciente, embora sejam mais comuns nas pernas, em mulheres; nos troncos, em homens; e pescoço e rosto em ambos os sexos. Sua aparência possuem tons acastanhados ou enegrecidos, só que essas mudanças de cores e tamanho e podem causar sangramentos. Por isso, é importante analisar o próprio corpo para não ocorrer evolução.
Sintomas
Existem alguns sinais que podem indicar o desenvolvimento do câncer na pele, algumas características das lesões são visivelmente identificadas, como manchas, sinais, pintas irregulares, que mudam de tamanho, cor ou forma, eczemas ou outras lesões benignas. Por isso é preciso conhecer literalmente seu corpo dos pés à cabeça, incluindo as costas e atrás das orelhas, para que qualquer mudança seja verificado por um dermatologista ou através de biópsia.
Tratamento
Os recursos usados para o tratamento do câncer de pele variam de acordo com o tipo de câncer e o estado do desenvolvimento da doença. Geralmente, o oncologista solicita a remoção do tumor e o máximo de células cancerígenas possíveis e em seguida, caso seja necessário o paciente terá que fazer quimioterapia ou radioterapia, tendo em vista o tipo do câncer e seu tamanho.
Prevenção
Com o costume de ficar exposto à radiação ultravioleta por muito tempo, algumas pessoas esquecem de se proteger, outras querem mesmo é se bronzear, ainda existem aquelas que só anda com o protetor em mãos, mas que utiliza o filtro de proteção diferente do seu tipo de pele. Na hora da compra os consumidores acabam pulando esse pequeno detalhe e sua aplicação acaba agindo na pele incorretamente. Para evitar danos, a escolha do filtro deve ser feita de acordo com a sua pele.
- FPS entre 30 60: são indicados para pele branca ou muito branca
- FPS entre 20 e 30: para peles morenas
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FPS entre 6 a 20: em peles negras
Com a intenção de apurar os sinais apresentados, existe um auto exame chamado de ABCDE, que é analisado levando em conta :
- Assimetria: O paciente deve observar se a pinta quando dividida é simétrica, ou seja, se é diferente da outra.
- Bordas irregulares: Caso as bordas não estejam lisas, aparentemente como um mapa, é uma suspeita.
- Cor: Se a mancha, pinta ou sinal aponta cores diferentes (vermelho, branco, preto, cinza-azulado) procure um especialista.
- Diâmetro: Os sinais estiverem maiores de 0,6 mm, é considerado com um maior risco.
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Evolução: Se houver uma mudança progressiva em relação ao tamanho ou modificação não deixe de procurar um especialista.
Benefícios do sol
O sol não possui apenas o lado negativo, seus raios também são ricos em benefícios. Ele é o responsável por produzir vitamina D na pele, quando entra em ação absorve o cálcio e o fósforo, gerando assim a manutenção do metabolismo do cálcio, que atua no desenvolvimento ósseo. Para receber os raios solares mais saudáveis o recomendado são os raios que surgem antes das 10 horas e depois das 16 horas.
Nesse momento em que a temperatura está baixa e que o sol emite seus nutrientes, não é necessário passar o protetor, com a exposição de 10 a 15 minutos, duas vezes ao dia, seu corpo estará longe das consequências da falta de vitamina D. Claro que deve ter uma atenção em especial para os bebês e os idosos, pois para prevenir a falta da vitamina e eles precisam tomar banho de sol diariamente por pelo menos 20 minutos.
Caso apresente alguns desses sinais, procure um dermatologista o mais breve possível, pois exames caseiros não substitui uma avaliação médica. Lembre-se sol na pele, só com proteção!
Redação Saúde no ar ( samantha scarlet)
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Fonte: INCA