Dentistas de todo o mundo se questionam se devem ou não retirar os dentes sisos, principalmente se eles não estiverem causando dor. Por conta disto, o Dr. Hossein Ghaeminia, cirurgião bucal e maxilofacial da Universidade de Radboud (Holanda), adotou uma abordagem alternativa a fim de verificar quais os riscos de complicações ao se remover um dente do siso.
Ele começou realizando uma revisão sistemática do que já foi pesquisado neste campo, verificando todas as publicações científicas sobre o assunto, depois realizou seus próprios experimentos. Sem uma resposta definitiva, concluiu que cada paciente deve ser considerado individualmente, pois o que pode causar complicações para um paciente não necessariamente irá incomodar outro.
“Por um lado, a intervenção cirúrgica é acompanhada por um risco de complicações, como infecções e danos ao nervo sensorial dos lábios e do queixo. Por outro lado, deixar um dente do siso sem problema no lugar pode, eventualmente, levar a mais danos aos dentes vizinhos,” explicou Ghaeminia.
Em termos estatísticos, a complicação mais frequente após a remoção de dentes do siso é a infecção. Ghaeminia então examinou quais fatores contribuem para o risco de infecção: “Pessoas com 26 anos ou mais e mulheres correm maior risco de infecção, mas fumar também parece ser um fator de risco”.
Ele também analisou se a infecção poderia ser prevenida simplesmente lavando a cavidade que continha o dente com água pura, como alguns dentistas alegam. De fato, ele comprovou a eficácia da medida. “Em comparação com outras opções, como antibióticos, enxaguar com água filtrada é uma maneira relativamente barata e simples de prevenir a infecção após a remoção do dente. Os pacientes também podem fazer isso em casa,” recomendou Ghaeminia.
Fonte: Diário da Saúde
Foto: Pixabay
Redação Saúde no Ar