No verão, é comum as pessoas retomarem ou iniciarem a atividade física. Academias, estúdios de pilates, clubes, espaços públicos (a exemplo da orla marítima), ficam lotados de pessoas atentas a saúde ou a estética do corpo. Mas, é preciso ter cuidado; exercício físico sem orientação profissional pode ser um perigo para a saúde, pela prática exagerada ou execução inadequada.
A médica radiologista Adriana Vieira, orienta os desportistas da estação: a primeira providência é procurar um profissional médico para avaliação clinica. A idade, peso, biótipo, espessura da gordura subcutânea, atividade física atual, prática pregressa de desporto, histórico familiar, doenças existentes e se possível, o perfil laboratorial, ajudam a mensurar o risco de patologias cardiovasculares e osteoarticulares.
Esta orientação também serve para os indivíduos que querem retornar as atividades físicas após período de sedentarismo. Na consulta, é possível identificar eventuais lesões ostearticulares e musculares, ficando a critério do especialista a confirmação por exames de imagem, a exemplo de Radiografia, Ultra-sonografia, Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética, métodos que trazem informações adicionais sobre as condições da articulação ou região de interesse.
“A avaliação e exames por imagem são úteis, sobretudo, àqueles indivíduos que venham a sofrer traumas durante a atividade, ou lesões decorrentes da alta intensidade do exercício. É respeitar os limites do condicionamento físico para evitar as chamadas lesões ‘por estresse/ sobrecarga’”, coloca a especialista.
A Ressonância Magnética é o exame mais moderno com alta resolução para tecidos articulares e um potencial elevado para detecção de lesões. A Ultrassonografia é indicada para articulações mais superficiais ou para avaliação mais prática e com custo menor. Tomografia Computadorizada e Radiografias têm melhor desempenho na avaliação de estruturas ósseas. Quando bem indicados, estes métodos tornam o tratamento das lesões articulares e musculares de atletas e desportistas mais eficazes.
Outro exame de imagem útil apontado por Adriana Vieira é a Densitometria Óssea, que possibilita o diagnóstico da perda de massa óssea em pessoas de mais idade e/ou com deficiência hormonal. Também está indicado para avaliação dos pacientes que utilizam medicações que repercutem no metabolismo dos minerais.
Já o exame de Densitometria de Corpo Inteiro pode ser indicado em indivíduos mais jovens para quantificar o percentual de massa muscular e gordura no corpo, recentemente utilizado para planejamento das planilhas de treino e acompanhamento dos resultados obtidos com a atividade física.