Desinformação de médicos antivacinas terá punição

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a criação de um grupo de trabalho pelo governo federal para combater a desinformação relacionada à vacinação divulgada por médicos e outras pessoas nas redes sociais.

Nisia destacou que o projeto piloto se concentrará na vacinação, mas a intenção é expandir a abordagem para outros temas. Ela ressaltou a necessidade de punir condutas criminosas de médicos e outras pessoas que disseminam informações falsas e absurdas nas redes sociais, como alegar que as pessoas morrerão ou terão sequelas ao tomar a vacina.

As declarações foram feitas durante uma entrevista para o jornal Folha de São Paulo.

O grupo inclui representantes do Ministério da Saúde, Secretaria de Comunicação Social, Advocacia-Geral da União e Ministério da Justiça e Segurança Pública. O objetivo do grupo é analisar o tipo de desinformação e determinar a responsabilidade daqueles que a publicaram ou compartilharam. Com base nessas análises, serão avaliadas as possíveis punições e como aplicá-las.

A ministra admitiu que o processo está lento e que é necessário um trabalho intenso, envolvendo prefeituras, lideranças religiosas, formadores de opinião e o Ministério da Educação para reverter a situação. Ela também mencionou a intenção de buscar o apoio de líderes religiosos e destacou a importância de enfrentar o movimento antivacina, propondo legislações mais rigorosas, incluindo o projeto de lei das fake news.

Nissia  ressaltou que práticas criminosas, tanto de médicos quanto de outras pessoas, relacionadas à disseminação de informações falsas sobre vacinas devem ser punidas, e mencionou que o Conselho Federal de Medicina se colocou à disposição para apoiar uma campanha pró-vacina.

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