Desenrola: secretário prevê plataforma para negociar dívidas em setembro

De acordo com o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, a plataforma do “Desenrola Brasil’, programa do governo federal voltado à renegociação de dívidas de pessoas físicas, deve abrir em setembro para o público da faixa 1 – cerca de 40 milhões de pessoas.

A plataforma vai possibilitar a renegociação de dívidas entre empresas credoras e pessoas físicas em uma plataforma própria do programa.

A chamada faixa 1, é a população que recebe até dois salários-mínimos (R$ 2.640) ou está inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), e tem dívidas de até R$ 5 mil negativadas até 31 de dezembro de 2022.

Dessa forma, em julho as empresas credoras (bancos, varejistas, companhias de saneamento e eletricidade, empresas de cartão de crédito, entre outros) podem cadastrar as dívidas das pessoas da faixa 1 na plataforma do programa.

Contudo, a adesão é voluntária, mas o ministério estima que cerca de 200 mil empresas credoras têm créditos cadastrados nos sistemas de proteção ao crédito e poderiam participar.

Em agosto, inicia os leilões de desconto. Nesta etapa, o público da faixa 1 não precisará fazer nada, apenas as empresas credoras.

Após o cadastro das dívidas na plataforma do programa em julho, as empresas vão informar quanto de desconto estão dispostas a conceder para cada consumidor.

Já no mês de setembro o programa estará disponível para o público da faixa 1. A pessoa poderá acessar a plataforma do governo (ainda não disponível) com o usuário gov.br.

Assim, caso a deseje aproveitar a oferta de desconto, poderá escolher entre pagamento à vista ou a prazo. No caso do pagamento a prazo, deve escolher ainda com qual banco deseja operar. O governo estipulou que o prazo do financiamento será de até 5 anos, sem entrada, com juros de 1,99% ao mês, mas os bancos podem oferecer juros menores.

Contudo, em contrapartida à adesão dos bancos ao programa, as instituições financeiras devem limpar o nome das pessoas negativadas por causa de dívidas de até R$ 100.

Segundo o secretário, essa etapa já deve começar em julho e pode beneficiar até 1,4 milhão de pessoas.

Assim, pessoas que se enquadram na faixa 2 do programa, poderão negociar apenas dividas bancarias. As renegociações acontecem diretamente com os bancos e já podem ter início a partir de julho.

As operações desse grupo não terão garantia da União. O governo vai oferecer aos bancos um incentivo regulatório como contrapartida ao desconto nas dívidas.

 

 

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