Para a gerente das arboviroses do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Isolina Miguez, é preciso ficar atento aos cuidados nesse período, quando há dias intercalados de sol e chuva. O clima quente e úmido é ideal para reprodução do mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika.
Ela salienta que a Prefeitura atua o ano todo, com visita a domicílios e comércios espalhados por toda a cidade. No entanto, de outubro a março, esse fluxo de atividades aumenta. Entre as medidas mais importantes está a realização do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), que está em andamento e deve ficar pronto no final deste mês. O LIRAa vai pontuar as áreas da cidade com maior índice de infestação. Munida com tais informações, a Prefeitura dará início ao "Plano Verão", que realiza os tradicionais "faxinaços" para eliminar focos e criadouros dos vetores.
"Queremos que a população receba o agente de endemia. Eles dão orientações, fazem inspeções, desprezam o que precisa ser jogado fora e cuidam do que precisa tratar, a cada dois meses. Nesse intervalo de tempo, é preciso que cada um cuide de sua casa", frisa. Medidas importantes como ter o hábito de observar possíveis pontos de acúmulo de água, como pneus, copos plásticos e garrafas, contribuem para a redução dos índices de infestação.
Dados – De janeiro a julho deste ano, foram notificados 6.515 casos suspeitos de dengue, 2.717 de chikungunya e 818 casos suspeitos de zika na Bahia. Em Salvador, 1.097 casos de dengue foram notificados. Em relação à chikungunya, o registro foi de 55 notificações, enquanto o número de pacientes com suspeita de zika vírus chegou a 51. O mais recente LIRAa, divulgado em agosto último, revelou que a capital baiana segue em alerta para uma possível epidemia das arboviroses. Além disso, apontou que o Índice de Infestação Predial (IIP) no município é de 2,6%. Isso significa que, a cada 100 imóveis visitados, três apresentaram focos de Aedes. No levantamento anterior, realizado em abril deste ano, o indicador era de 2,7%.
Foto: Divulgação
Fonte: Assessoria
Redação Saúde no ar