As clínicas particulares começaram a vender a vacina contra a dengue em julho de 2023. Em dezembro, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação do imunizante ao sistema público de saúde e a farmacêutica Takeda, que produz a vacina Qdenga, informou que iria priorizar as entregas ao SUS. Foi aí que começaram as dificuldades para a venda da segunda dose nas clínicas particulares. Não existe o estoque.
“Nós temos uma indicação a bula do próprio fabricante, inclusive, que há um intervalo de 90 dias, três meses, entre a primeira e segunda dose para nós termos o benefício completo da vacina. O cenário atual que nós temos hoje é pessoas que iniciaram seus esquemas vacinais em outubro e novembro já estão com os seus esquemas vacinais atrasados”, comenta Fabiana Funk, presidente da ABCVAC.
Em nota, a Takeda afirmou que “o objetivo é prover o esquema vacinal completo para aquelas pessoas que já tomaram a primeira dose nas clínicas de vacinação” e que “está trabalhando junto aos distribuidores para priorizar que as pessoas que tomaram a primeira dose do imunizante completem o esquema vacinal”.
A farmacêutica ainda afirmou que “diante do atual cenário da inclusão da Qdenga no SUS e os dados alarmantes da dengue no Brasil, está concentrada em atender de forma prioritária a demanda do Ministério da Saúde”.
O Ministério da Saúde declarou que todas as crianças de 10 a 14 anos que tomaram a primeira dose em clínicas privadas podem completar o ciclo vacinal na rede pública – respeitando o intervalo de três meses entre as doses.