Nova edição do boletim NIH – News In Health, aborda a resiliência. “Resiliência é a medida em que podemos nos recuperar de eventos adversos, lidar com o estresse ou ter sucesso diante da adversidade”, diz a Dra. Cindy Bergeman, professora de psicologia da Universidade de Notre Dame.
Você não nasceu com resiliência. “Não é algo que você tem ou não tem”, diz a Dra. Alexandra Burt, especialista em desenvolvimento infantil da Michigan State University.
Além disso, segundo os pesquisadores “A resiliência é um processo no qual muitos fatores – incluindo família, comunidade e práticas culturais – interagem. Aumenta o bem-estar e protege-o dos riscos para o seu bem-estar. Para muitas pessoas, esses riscos são agravados por dificuldades e discriminação”, acrescenta a Dra. Lisa Wexler, que estuda prevenção do suicídio na Universidade de Michigan.
Pesquisadores estão estudando o que ajuda as pessoas a se tornarem mais resilientes. Criar hábitos saudáveis e cuidar de si mesmo pode ajudar. Assim como a família, os amigos e sua conexão com a comunidade e a cultura.
Seus pontos fortes
De acordo com o boletim, o estresse pode causar desgaste no corpo e no cérebro. O estresse crônico pode ter relação a um risco aumentado de muitas condições de saúde. Estes incluem doenças cardíacas, pressão alta, depressão e ansiedade.
Contudo, a resiliência não é apenas eliminar o estresse. É também sobre como explorar seus pontos fortes. Os pesquisadores chamam esses fatores de proteção. “Eles podem amortecer o estresse ou promover diretamente o bem-estar – e às vezes até fazer as duas coisas”, diz Wexler.
Outras ferramentas são emocionais, como expressar seus sentimentos em vez de reprimi-los, ela explica. Olhar para os problemas de diferentes ângulos também pode ajudar.
Assim, segundo os estudiosos, “Por exemplo, você pode olhar para uma situação estressante como uma oportunidade de crescimento em vez de pensar nela como uma ameaça. Pergunte a si mesmo: o que posso aprender com essa situação?”
Dessa forma, atender às suas próprias necessidades também faz a diferença. Ou seja, “Muitas vezes estamos tão ocupados tentando cuidar de outras pessoas que não cuidamos bem de nós mesmos. Eu encorajo as pessoas a fazerem algo que gostem todos os dias. Muitas pessoas se sentem culpadas por isso. Mas isso realmente nos ajuda a reabastecer nossas reservas emocionais, assim como uma refeição preenche nossas reservas físicas”, diz Bergeman.