Cuba vai transferir tecnologia na área de diabetes para a Saúde da Bahia

o secretário de Saúde do Estado da Bahia – Sesab (Brasil), Fábio Vilas-Boas, assinou, terça-feira (3/03), em Cuba,  um acordo de transferência de tecnologia de produção de medicamentos e gerenciamento de saúde na área de diabetes mellitus com representantes governamentais daquele país.

“Além da transferência de tecnologia de medicamentos, o acordo incluirá ainda a cooperação técnica no desenvolvimento e implementação de um projeto de controle de sequelas de diabetes nas 28 regiões de saúde do estado, aproveitando a estrutura das 25 Policlínicas Regionais de Saúde, dos novos centros de Hemodinâmica e Cirurgia Vascular dos Hospitais Estaduais e de 200 salas de atendimento ao portador de pé diabético que estão em fase de implantação em 200 municípios baianos”, afirmou, Fábio Vilas Boas.

“O governo de Cuba desenvolveu um dos mais bem sucedidos projetos de controle do diabetes e de suas complicações, que incluem amputações e cegueira, em todo o mundo”, afirmou o secretário Vilas-Boas. Segundo ele, o projeto de parceria com o Governo cubano é fruto de reuniões iniciadas pelo governador Rui Costa em visita oficial a Cuba, em 2017, e continuadas pela Sesab e Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma).

Na área de oftalmologia, uma tecnologia medicamentosa inovadora (uma vacina terapêutica) que age de forma oposta, evitando a formação de novos vasos na retina ocular de diabéticos (retinopatia diabética) promete ajudar a combater uma das principais causas de cegueira no país e economizar milhões de dólares para o sistema único de saúde brasileiro (SUS).

Uma molécula desenvolvida pelo Centro Cubano de Engenharia Genética e Biomolecular (CIGB) é capaz de aumentar a circulação de sangue nas pernas e pés afetados pela doença vascular do diabetes, evitando assim a amputação que afeta 4.500 baianos por ano. O medicamento está em fase final de aprovação regulatória do Brasil, sendo a Bahiafarma, junto com a Fiocruz Biomanguinhos, os primeiros laboratórios a aplicarem o novo fármaco no país.

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