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Cuba suspende viagens de médicos ao exterior

O governo de Raul Castro anunciou nesta terça-feira (01.12) que a partir da próxima segunda-feira (07.12), Cuba voltará a restringir as viagens de médicos especialistas ao exterior, a fim de evitar uma fuga de cérebros provocada, conforme Havana pelas politicas migratórias dos Estados Unidos. O anúncio foi feito após o governo admitir que a migração desses profissionais afeta seriamente o sistema de saúde da ilha.

Segundo comunicado publicado na mídia estatal, médicos especialistas precisarão de autorização do Ministério da Saúde para sair do país. Na declaração publicada no jornal oficial Granma, o governo notificou que voltará a “aplicar as regulações estabelecidas no Decreto 306, de 11 de outubro de 2012, para as saídas ao exterior por assuntos particulares de profissionais médicos de diferentes especialidades que realizam atividades vitais nos serviços de saúde para a população”.

O documento diz que, durante os três anos que se passaram desde a flexibilização da política de emigração, quase 500 mil cubanos saíram do país, a maioria de forma temporária, o que representa um crescimento de 81% em relação às viagens registradas entre 2010 e o fim de 2012.

O decreto 306, que não era aplicado desde a entrada em vigor de uma nova lei migratória em janeiro de 2013, que permitiu aos cubanos viajar livremente ao exterior pela primeira vez em meio século, obriga os médicos a pedir autorização para sair da ilha por motivos pessoais, e a esperar até cinco anos para deixar o país de forma definitiva.

Redação Saúde no Ar

(A.V)

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