Crime organizado drena bilhões de postos de combustíveis no Brasil

A BR Distribuidora (BRDT3), proprietária da maior cadeia de combustíveis da América do Sul é presença constante nas pequenas e grandes cidades do país.

Contudo, a distribuidora tem realizado diversos esforços para afastar sua rede varejistas de golpes. Em 2019, a empresa expulsou centenas de franqueados independentes de sua rede por “irregularidades”; incluindo evasões fiscais e comercialização de gasolina adulterada, disse à Reuters um porta-voz da distribuidora.

De acordo com a empresa, 730 postos de venda foram retirados da sua franquia, cerca de 10% de sua rede na época no Brasil. Por outro lado, outras redes de combustíveis também sofrem por golpe de criminosos. Segundo estimativa, publicada na reportagem, estima-se que controlem centenas –senão milhares– de postos, com mais de duas dezenas de autoridades da indústria e policiais.

Além disso, entre os crimes, estão a venda de gasolina roubada e utilizam bombas adulteradas para comercializar aos clientes menos do que o total pago; bem como a utilização dos postos para lavar dinheiro para gangues como o Primeiro Comando da Capital (PCC), o maior grupo de crime organizado da América do Sul, e para milícias.

De acordo com nota enviada a Reuters, as maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil por participação de mercado –BR, Ipiranga, Raízen e Ale– reconheceram lidar com malfeitores em seus pontos de venda, todos de propriedade de franqueados independentes.

Ainda assim, essas companhias possuem ligações com alguns dos maiores nomes da indústria petrolífera mundial. A Raízen Combustíveis, joint venture entre Shell e o grupo Cosan (CSAN3); ela conta com cerca de 5 mil postos com bandeira Shell no Brasil; segundo os dados mais recentes da ANP. A Ale Combustíveis, com cerca de 1.500 postos, é uma unidade da suíça Glencore. A BR possui aproximadamente 7.800 unidades. Já a Ipiranga, que pertence à Ultrapar, tem 7.105 postos no Brasil.

Dessa forma, a agência identificou 20 proprietários de postos que foram indiciados ou condenados por crimes relacionados ao combustível desde 2015. Em conjunto, os 101 postos que eles possuem representam cerca de 4% de todos os pontos de venda de combustíveis no Rio.

Fonte: Reuters, Money Times

 

 

 

Campanha Vidas Importam 

Veja também: Covid no Brasil: Uma a cada cinco pessoas hospitalizadas morreu sem acesso a UTI

O jornalismo independente e imparcial com informações contextualizadas tem um lugar importante na construção de uma sociedade , saudável, próspera e sustentável. Ajude-nos na missão de difundir informações baseadas em evidências. Apoie e compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.