Cremeb aciona MPE, MPT e secretarias de Saúde para garantir EPI´s e estrutura de trabalho aos médico
Somente durante o mês de abril, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) enviou 77 ofícios a entidades públicas, no intuito de prover condições dignas de trabalho à classe médica que atua no enfrentamento da COVID-19, o novo Coronavírus. As denúncias que sinalizaram tais debilidades foram formuladas pelos próprios profissionais, que seguem se esforçando diante condições indevidas, através do canal criado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) exclusivamente para essas reclamações. Todas as denúncias, que versam sobre a falta de Equipamento de Proteção Individual (EPI’s) e demais falhas na infraestrutura de unidades de saúde públicas e privadas, estão sendo encaminhadas ao Ministério Público do Estado (MPE) e ao Ministério Público do Trabalho (MPT), para que os órgãos tenham ciência da situação condicionada ao trabalho da classe médica, em muitas ocasiões, e para a tomada de providências cabíveis. A depender da natureza da unidade (se pública ou privada), os ofícios são encaminhados também para as secretarias municipais ou estadual de Saúde, bem como aos respectivos diretores técnicos, expondo a debilidade relatada pelos profissionais e cobrando devidas providências. Assim, o Cremeb colabora também com a sociedade quando cobra das autoridades públicas um cuidado mínimo com os médicos e demais profissionais de saúde, pois estes são os únicos capacitados a atender a população diante a pandemia. “Apesar das dificuldades estruturais, os médicos seguem combatentes e atuantes na linha de frente. Mas, o Conselho seguirá veemente na cobrança por melhorias e condições mínimas de trabalho, pois precisamos cuidar de quem está cuidando da população”, comenta o conselheiro e diretor do Departamento de Fiscalização do Cremeb, Otávio Marambaia. Dados Dos 77 ofícios referentes às reclamações de abril, aproximadamente 29% é referente a unidades de saúde sediadas em Salvador (22 postos). Há também reclamações em cidades do Sul do estado, como Ilhéus e Itabuna, e na Região Metropolitana de Salvador, a exemplos de Lauro de Freitas e Camaçari. Outras regiões do estado, como a Chapada Diamantina e o Recôncavo, também apresentaram dificuldades em prestar as condições ideais de trabalho aos profissionais médicos. Confira abaixo a tabela com a distribuição das reclamações por municípios.
Fonte: Cremeb |
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