O Ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou uma linha de crédito para entidades filantrópicas durante cerimônia de apresentação da linha de crédito Caixa Hospitais e BNDES Saúde às entidades filantrópicas de todo o estado do Paraná. O intuito desse investimento é incentivar que as instituições façam adesão ao produto para que tenham fôlego financeiro e consigam pagar compromissos bancários, fornecedores e prestadores de serviço, mantendo, dessa forma, a continuidade dos serviços oferecidos à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Na oportunidade, o ministro Ricardo Barros e o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Gilberto Occhi, também assinaram dois protocolos de intenção para repasse de recursos a dois hospitais de Curitiba: Maternidade e Cirurgia Nossa Senhora do Rocio e Fundação de Estudos para Doença de Fígado Koutolas Ribeiro, que pleiteiam, respectivamente, R$ 50 milhões com prazo de pagamento para 84 meses e R$ 18 milhões para pagar em até 120 meses.
“Estou priorizando os atendimentos para as santas casas, que respondem por mais de 50% dos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde. Com a economia de R$ 1 bilhão que conseguimos fazer, desde o início da minha gestão, foi possível priorizar o credenciamento dessas entidades com um alongamento da linha Caixa Hospitais. Esperamos que, dessa forma, as santas casas que estão com dificuldades financeiras fiquem aliviadas”, destacou o Ministro da Saúde, durante a solenidade desta segunda-feira.
Como resultado dos esforços empenhados, a pasta conseguiu firmar parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF) para ampliar o prazo de pagamento das Operações de Crédito das entidades filantrópicas para até 120 meses e com até seis meses de carência. O objetivo é que essas instituições tenham condições de antecipar os recursos a receber do Ministério da Saúde, referentes aos serviços ambulatoriais e internações prestadas ao SUS, o que serve como garantia de pagamento da linha de crédito.
O crédito fica limitado à margem financeira disponível para cada instituição, não podendo ultrapassar 35% do faturamento total da entidade nos últimos 12 meses junto ao SUS. A primeira instituição a aderir ao programa foi a Santa Casa de São Paulo, no início do mês, assinando um contrato de estruturação financeira na ordem de R$ 360 milhões. A iniciativa de repassar os créditos para as filantrópicas faz parte das medidas de ação anunciadas em setembro deste ano com foco na estruturação financeira e fortalecimento das santas casas e entidades filantrópicas do Brasil.
Redação Saúde No Ar
Louise Batista
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