A CPI da Covid-19 solicitou a quebra dos sigilos telefônico dos ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). Ambos são alvos da investigação da transferência de dados a secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro; bem como o assessor internacional da Presidência da República, Filipe Martins, o empresário Carlos Wizard e o virologista Paolo Zanotto. Os dois últimos são apontados como integrantes de um “gabinete paralelo” que orientava o presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento ao coronavírus.
Além disso, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) é o autor de 21 dos 23 requerimentos aprovados. De acordo com ele, Eduardo Pazuello “é personagem essencial” na investigação.
Dessa forma, a quebra dos sigilos busca apurar “uma lamentável negligência do ex-chanceler para conseguir vacinas e insumos para o Brasil”.
Outros dois alvos da quebra de sigilo são Carlos Wizard e Paolo Zanotto, apontados como integrantes do “gabinete paralelo”. O autor do requerimento lembra ainda que, durante reunião com Jair Bolsonaro, o virologista Paolo Zanotto recomendou “tomar um extremo cuidado” com o uso de vacinas.
A CPI da Pandemia aprovou a quebra dos sigilos telefônico e telemático da secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro. Anteriomente, em mensagem enviada à Prefeitura de Manaus no ápice da pandemia, ela avaliou que seria “inadmissível” a não utilização de medicamentos como cloroquina e ivermectina, drogas sem eficácia comprovada contra a covid-19.
Fonte: Agência Senado
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