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Covid Zero: Após manifestações China vai iniciar flexibilização

Na noite da última quarta-feira (30) a vice-primeira-ministra da China anunciou que o país vai entrar numa “nova fase e missão” da política de “zero covid”. A nova abordagem acontece após vários dias de protestos massivos contra as restrições.

“Com a decrescente transmissibilidade da variante Ómicron, o aumento da taxa de vacinação e a experiência acumulada do controlo e prevenção de surtos, a contenção pandémica da China entra agora numa nova fase e missão”, declarou Sun Chunlan.

A indicação chegou na mesma altura em que várias regiões, incluindo Xangai, começaram a suspender os confinamentos, apesar do ainda elevado número de casos. De acordo com a agência de notícias chinesas Xinhua, a vice-primeira-ministra falou depois de ter participado numa mesa redonda com especialistas em saúde.

Além disso, segundo Chunlan, a China irá também adotar uma “abordagem mais humana” na resposta ao surto e exigir que o sistema de saúde aumente as reservas de medicamentos e outros recursos para o tratamento de pacientes.

A decisão de Pequim surge depois de enormes protestos em várias cidades contra as políticas de “zero covid” do Governo. As manifestações iniciaram após incêndio num prédio de Xinjiang no qual dez pessoas morreram. Muitos chineses acreditam que as restrições prolongadas contra a covid-19 contribuíram para o desastre.
De acordo com dados oficiais, o país registou 36.061 novos casos na última quarta-feira, uma ligeira queda em relação aos 37.828 de terça-feira. Apesar dos números relativamente altos, algumas regiões começaram a diminuir as restrições. Desde o início da pandemia morreram 5.233 pessoas na China devido a infeção pelo novo coronavírus. 
Apesar de o alívio das restrições poder significar que as queixas da população foram ouvidas, as autoridades continuam sem permitir os protestos.

 

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