Pesquisa inedita revela que o novo coronavírus consegue reativar um vírus ancestral presente no genoma humano. A reativação desse vírus leva a casos mais graves de covid-19 e até a mortalidade precoce pela doença. A descoberta aconteceu emestudo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
A pesquisa está em fase de pré-print ou seja, ainda não teve revisão por outros cientistas. Assim, seus resultados são parciais. Mas o estudo acompanhou 25 pacientes que desenvolveram um quadro grave da covid-19 entre março e dezembro do ano passado. As análises do material genético dessas pessoas encontrou maiores níveis retrovírus endógeno humano da família K (HERV-K) na área da traqueia.
Assim, pequenos pedaços das informações genéticas dele estão no DNA humano. Esse vírus infectou humanos nas primeiras etapas evolutivas da raça humana. Dessa forma, o vírus estava inativo, não apresentava sintomas ou reagia com o organismo humano em situações regulares.
Por outro lado, a covid-19, consegue reativar o HERV-K. Além disso, a pesquisa revela que o retrovírus encontrado em uma proporção de 50% maior em pacientes com casos graves da doença do que em pacientes com casos leves e 80% em comparação com não infectados. Aqueles que apresentaram maior níveis do HERV-K tiveram um índice de mortalidade de 50% em pacientes internados a menos de 28 dias.
Contudo, os pesquisadores ainda não sabem porque esse despertar do retrovírus acontece em algumas pessoas e outras não. Outras doenças em que o HERV-K já foi identificado são alguns tipos de câncer e a esclerose múltipla.
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