Foi divulgado no journal “South China Morning Post” nesta quarta- feira (29/04), um estudo realizado pela Universidade de Wuhan, primeiro epicentro da pandemia, informando que foram detectadas partículas do novo coronavírus no ar de ambientes fechados e de pouca ventilação em dois hospitais da cidade.
As descobertas, que se baseiam em medições feitas durante o ápice da pandemia em Wuhan, sugerem que as partículas podem ser lançadas e permanecer no ar quando os equipamentos de proteção usados pelos profissionais de saúde são retirados. As gotículas também foram encontradas nos banheiros utilizados pelos pacientes e em superfícies das UTIs das duas unidades que participaram da pesquisa.
Os responsáveis pelo estudo dizem que os dados, que serão publicados pela revista britânica “Nature”, indicam que o vírus pode ter o potencial de ser transmitido por meio de pequenas gotículas suspensas no ar. Chamadas de aerossóis, elas podem contaminar novas superfícies e, assim, propagar a doença ao entrar em contato com humanos.
Os aerossóis, classificados como menores que 5 micrômetros de diâmetro, são capazes de permanecer no ar por mais tempo e percorrer distâncias maiores. Por isso, eles são considerados uma das maneiras mais perigosas de contaminação por doenças respiratórias.
No entanto, a transmissão a partir de aerossóis não foi identificada como um fator causador da doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que afirma que o contato próximo com outras pessoas infectadas ou superfícies contaminadas são os principais responsáveis pela disseminação da doença.
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