Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) encontraram uma possibilidade de edição gênica para combater o novo coronavírus. Os cientistas induzem a mutação do gene que codifica AC2 que atua como receptores do vírus nas células.
O trabalho foi assinado por 15 pesquisadores das faculdades de Medicina e de Odontologia do campus da USP em Ribeirão Preto (interior paulista). O estudo é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
Os pesquisadores simularam mutações específicas no gene responsável pela codificação da proteína para apenas interferir na interação com o vírus e a célula, reduzindo a capacidade de infecção.
A técnica usa a capacidade das células de guardar material genético de vírus. Assim, os cientistas usam vírus benignos previamente modificados para levar as informações de interesse para o material genético das células, induzindo as alterações desejadas.
Segundo o artigo publicado na plataforma Preprints, a proteína também tem um papel importante na regulação da pressão arterial, não é possível simplesmente usar uma droga que reduza a expressão da ACE2, por este motivo, a modificação é feita apenas na a proteína em relação a aderência do novo coronavírus, mantendo as características necessárias para o bom funcionamento do organismo.