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Corpus Christi

Cardeal Dom Sergio da Rocha

Arcebispo de São Salvador da Bahia, Primaz do Brasil

 

Corpus Christi é uma ocasião muito especial para a renovação da vida eucarística e para manifestar publicamente a nossa fé na presença de Jesus no Santíssimo Sacramento. As restrições em vista da saúde pública não nos permitem realizar, neste ano, a desejada procissão com o Santíssimo Sacramento. Neste tempo tão sofrido da pandemia, seja o coração de cada um de nós a custódia que leva a presença de Jesus Eucarístico nos ambientes em que vivemos. Nós precisamos viver e testemunhar publicamente a nossa fé, com simplicidade, sem ostentação, mas com firmeza e coragem, sem ter vergonha ou medo de ser discípulo de Cristo e membro de sua Igreja. A celebração pública de Corpus Christi nos lembra que a fé em Cristo não deve ficar somente no coração ou dentro das nossas igrejas. Precisamos ser cristãos dentro e fora dos templos. É preciso viver e testemunhar a fé nos diversos ambientes e situações da sociedade: em casa, na escola, no trabalho, no lazer, na vida pública, no âmbito da política, da economia e da cultura. O testemunho da nossa fé no Santíssimo Sacramento seja ainda mais forte nesta pandemia, trazendo esperança e paz para os que mais sofrem.

Eucaristia é comunhão! Estejamos unidos em oração, presencialmente ou através dos meios de comunicação, participando da celebração eucarística nesta solenidade de Corpus Christi. Celebremos solidários com os que mais sofrem com a pandemia, os doentes, seus familiares, os profissionais da saúde, as famílias enlutadas, os mais pobres e fragilizados. A pandemia não deve impedir a comunhão na vida da Igreja alimentada pela comunhão eucarística. Ao contrário, que seja ocasião para maior comunhão com Deus e entre nós, bem como para uma vida nova.

Eucaristia é mistério da fé! A presença de Jesus na Eucaristia é “mistério da fé”, conforme sempre ouvimos, após a consagração do pão e do vinho. Por isso, cada um possa dizer confiante diante do Santíssimo Sacramento: eu creio Senhor! Aumenta a minha fé! Fortalece a minha fé! Jesus se manifesta na simplicidade do pão. Aquele que se fez pequenino na manjedoura de Belém se faz presente na aparente pequenez do pão eucarístico. Quem reconhece Jesus no mistério eucarístico saberá reconhecer também os sinais de sua presença amorosa na simplicidade da vida cotidiana, principalmente no tempo de provação. Neste tempo tão sofrido da pandemia, somos convidados a proclamar com os lábios e o coração que “Ele está no meio de nós”. Jesus Cristo está conosco! Jesus está presente no Santíssimo Sacramento!

O Evangelho (Mc 4, 12-26) ressalta a ceia eucarística como dom, como iniciativa de Jesus. É ele quem envia os discípulos para prepararem a ceia. Porém, os discípulos têm a responsabilidade de preparar bem o local e a refeição pascal. Nós acolhemos a Eucaristia como dom de Deus, com louvor e gratidão. Ao mesmo tempo, renovamos o nosso compromisso de participar cada vez mais e melhor da Eucaristia e de vivenciar o que celebramos.

A Eucaristia é sacramento da fé e ao mesmo tempo sacramento da caridade. Sacramento da caridade de Cristo que se exprime pela doação total de sua vida na cruz. A Carta aos Hebreus, lida nas missas desta solenidade (Hb 9,11-15), nos apresenta o sacrifício da nova aliança realizado por Jesus Cristo. O sacerdócio de Cristo consiste em doar a própria vida. Ele nos salva derramando o seu próprio sangue: “Cristo se ofereceu a si mesmo”. Vida eucarística implica em doação da própria vida! Quem se alimenta do corpo e sangue de Cristo, nele se transforma. E com ele, e por meio dele, se doa aos irmãos. A Igreja que vive da Eucaristia tem a sua história marcada pelo sangue dos mártires. O martírio, isto é, o testemunho cristão até a morte, é a expressão máxima de uma vida eucarística. Precisamos ser pessoas eucarísticas, necessitamos ser comunidades eucarísticas, que testemunham corajosamente a fé cristã, com a força da Eucaristia. Quem se alimenta da hóstia sagrada, quem leva a sério a comunhão eucarística, vai sendo transformado em hóstia viva, através da oferta da sua vida e do testemunho.

A eucaristia é “sacramento da caridade” de Cristo, sinal e fonte da caridade que nos une na Igreja. Por isso, uma vida eucarística, uma vida que tem sua fonte e seu sustento na Eucaristia, deve ser uma vida animada pela caridade. Louvemos a Deus pelos inúmeros gestos de caridade, de partilha e solidariedade entre nós, nas nossas famílias e comunidades. Da mesa do altar eucarístico brotam a motivação e a força para tantos se dedicarem aos irmãos que mais sofrem, especialmente, aos doentes e aos pobres.

Nesta festa de Corpus Christi, procuremos refletir sobre como estamos vivendo a caridade entre nós, a vida fraterna em nossas comunidades e o amor para com os irmãos que mais sofrem. Para viver a caridade e dar testemunho público da fé, nós necessitamos muito da Eucaristia, pão dos discípulos missionários de Jesus Cristo. Por isso, a ele pedimos continuamente, como fizeram os discípulos de Emaús: Fica conosco, Senhor! Fica conosco para que possamos caminhar unidos na fé! Fica conosco Senhor, para que possamos viver unidos na caridade! Fica conosco para que possamos superar este tempo tão difícil da pandemia!

é uma ocasião muito especial para a renovação da vida eucarística e para manifestar publicamente a nossa fé na presença de Jesus no Santíssimo Sacramento. As restrições em vista da saúde pública não nos permitem realizar, neste ano, a desejada procissão com o Santíssimo Sacramento. Neste tempo tão sofrido da pandemia, seja o coração de cada um de nós a custódia que leva a presença de Jesus Eucarístico nos ambientes em que vivemos. Nós precisamos viver e testemunhar publicamente a nossa fé, com simplicidade, sem ostentação, mas com firmeza e coragem, sem ter vergonha ou medo de ser discípulo de Cristo e membro de sua Igreja. A celebração pública de Corpus Christi nos lembra que a fé em Cristo não deve ficar somente no coração ou dentro das nossas igrejas. Precisamos ser cristãos dentro e fora dos templos. É preciso viver e testemunhar a fé nos diversos ambientes e situações da sociedade: em casa, na escola, no trabalho, no lazer, na vida pública, no âmbito da política, da economia e da cultura. O testemunho da nossa fé no Santíssimo Sacramento seja ainda mais forte nesta pandemia, trazendo esperança e paz para os que mais sofrem.

Eucaristia é comunhão! Estejamos unidos em oração, presencialmente ou através dos meios de comunicação, participando da celebração eucarís

Cardeal Dom Sergio da Rocha

Arcebispo de São Salvador da Bahia, Primaz do Brasil

Corpus Christi é uma ocasião muito especial para a renovação da vida eucarística e para manifestar publicamente a nossa fé na presença de Jesus no Santíssimo Sacramento. As restrições em vista da saúde pública não nos permitem realizar, neste ano, a desejada procissão com o Santíssimo Sacramento. Neste tempo tão sofrido da pandemia, seja o coração de cada um de nós a custódia que leva a presença de Jesus Eucarístico nos ambientes em que vivemos. Nós precisamos viver e testemunhar publicamente a nossa fé, com simplicidade, sem ostentação, mas com firmeza e coragem, sem ter vergonha ou medo de ser discípulo de Cristo e membro de sua Igreja. A celebração pública de Corpus Christi nos lembra que a fé em Cristo não deve ficar somente no coração ou dentro das nossas igrejas. Precisamos ser cristãos dentro e fora dos templos. É preciso viver e testemunhar a fé nos diversos ambientes e situações da sociedade: em casa, na escola, no trabalho, no lazer, na vida pública, no âmbito da política, da economia e da cultura. O testemunho da nossa fé no Santíssimo Sacramento seja ainda mais forte nesta pandemia, trazendo esperança e paz para os que mais sofrem.

Eucaristia é comunhão! Estejamos unidos em oração, presencialmente ou através dos meios de comunicação, participando da celebração eucarística nesta solenidade de Corpus Christi. Celebremos solidários com os que mais sofrem com a pandemia, os doentes, seus familiares, os profissionais da saúde, as famílias enlutadas, os mais pobres e fragilizados. A pandemia não deve impedir a comunhão na vida da Igreja alimentada pela comunhão eucarística. Ao contrário, que seja ocasião para maior comunhão com Deus e entre nós, bem como para uma vida nova.

Eucaristia é mistério da fé! A presença de Jesus na Eucaristia é “mistério da fé”, conforme sempre ouvimos, após a consagração do pão e do vinho. Por isso, cada um possa dizer confiante diante do Santíssimo Sacramento: eu creio Senhor! Aumenta a minha fé! Fortalece a minha fé! Jesus se manifesta na simplicidade do pão. Aquele que se fez pequenino na manjedoura de Belém se faz presente na aparente pequenez do pão eucarístico. Quem reconhece Jesus no mistério eucarístico saberá reconhecer também os sinais de sua presença amorosa na simplicidade da vida cotidiana, principalmente no tempo de provação. Neste tempo tão sofrido da pandemia, somos convidados a proclamar com os lábios e o coração que “Ele está no meio de nós”. Jesus Cristo está conosco! Jesus está presente no Santíssimo Sacramento!

O Evangelho (Mc 4, 12-26) ressalta a ceia eucarística como dom, como iniciativa de Jesus. É ele quem envia os discípulos para prepararem a ceia. Porém, os discípulos têm a responsabilidade de preparar bem o local e a refeição pascal. Nós acolhemos a Eucaristia como dom de Deus, com louvor e gratidão. Ao mesmo tempo, renovamos o nosso compromisso de participar cada vez mais e melhor da Eucaristia e de vivenciar o que celebramos.

A Eucaristia é sacramento da fé e ao mesmo tempo sacramento da caridade. Sacramento da caridade de Cristo que se exprime pela doação total de sua vida na cruz. A Carta aos Hebreus, lida nas missas desta solenidade (Hb 9,11-15), nos apresenta o sacrifício da nova aliança realizado por Jesus Cristo. O sacerdócio de Cristo consiste em doar a própria vida. Ele nos salva derramando o seu próprio sangue: “Cristo se ofereceu a si mesmo”. Vida eucarística implica em doação da própria vida! Quem se alimenta do corpo e sangue de Cristo, nele se transforma. E com ele, e por meio dele, se doa aos irmãos. A Igreja que vive da Eucaristia tem a sua história marcada pelo sangue dos mártires. O martírio, isto é, o testemunho cristão até a morte, é a expressão máxima de uma vida eucarística. Precisamos ser pessoas eucarísticas, necessitamos ser comunidades eucarísticas, que testemunham corajosamente a fé cristã, com a força da Eucaristia. Quem se alimenta da hóstia sagrada, quem leva a sério a comunhão eucarística, vai sendo transformado em hóstia viva, através da oferta da sua vida e do testemunho.

A eucaristia é “sacramento da caridade” de Cristo, sinal e fonte da caridade que nos une na Igreja. Por isso, uma vida eucarística, uma vida que tem sua fonte e seu sustento na Eucaristia, deve ser uma vida animada pela caridade. Louvemos a Deus pelos inúmeros gestos de caridade, de partilha e solidariedade entre nós, nas nossas famílias e comunidades. Da mesa do altar eucarístico brotam a motivação e a força para tantos se dedicarem aos irmãos que mais sofrem, especialmente, aos doentes e aos pobres.

Nesta festa de Corpus Christi, procuremos refletir sobre como estamos vivendo a caridade entre nós, a vida fraterna em nossas comunidades e o amor para com os irmãos que mais sofrem. Para viver a caridade e dar testemunho público da fé, nós necessitamos muito da Eucaristia, pão dos discípulos missionários de Jesus Cristo. Por isso, a ele pedimos continuamente, como fizeram os discípulos de Emaús: Fica conosco, Senhor! Fica conosco para que possamos caminhar unidos na fé! Fica conosco Senhor, para que possamos viver unidos na caridade! Fica conosco para que possamos superar este tempo tão difícil da pandemia!

tica nesta solenidade de Corpus Christi. Celebremos solidários com os que mais sofrem com a pandemia, os doentes, seus familiares, os profissionais da saúde, as famílias enlutadas, os mais pobres e fragilizados. A pandemia não deve impedir a comunhão na vida da Igreja alimentada pela comunhão eucarística. Ao contrário, que seja ocasião para maior comunhão com Deus e entre nós, bem como para uma vida nova.

Eucaristia é mistério da fé! A presença de Jesus na Eucaristia é “mistério da fé”, conforme sempre ouvimos, após a consagração do pão e do vinho. Por isso, cada um possa dizer confiante diante do Santíssimo Sacramento: eu creio Senhor! Aumenta a minha fé! Fortalece a minha fé! Jesus se manifesta na simplicidade do pão. Aquele que se fez pequenino na manjedoura de Belém se faz presente na aparente pequenez do pão eucarístico. Quem reconhece Jesus no mistério eucarístico saberá reconhecer também os sinais de sua presença amorosa na simplicidade da vida cotidiana, principalmente no tempo de provação. Neste tempo tão sofrido da pandemia, somos convidados a proclamar com os lábios e o coração que “Ele está no meio de nós”. Jesus Cristo está conosco! Jesus está presente no Santíssimo Sacramento!

O Evangelho (Mc 4, 12-26) ressalta a ceia eucarística como dom, como iniciativa de Jesus. É ele quem envia os discípulos para prepararem a ceia. Porém, os discípulos têm a responsabilidade de preparar bem o local e a refeição pascal. Nós acolhemos a Eucaristia como dom de Deus, com louvor e gratidão. Ao mesmo tempo, renovamos o nosso compromisso de participar cada vez mais e melhor da Eucaristia e de vivenciar o que celebramos.

A Eucaristia é sacramento da fé e ao mesmo tempo sacramento da caridade. Sacramento da caridade de Cristo que se exprime pela doação total de sua vida na cruz. A Carta aos Hebreus, lida nas missas desta solenidade (Hb 9,11-15), nos apresenta o sacrifício da nova aliança realizado por Jesus Cristo. O sacerdócio de Cristo consiste em doar a própria vida. Ele nos salva derramando o seu próprio sangue: “Cristo se ofereceu a si mesmo”. Vida eucarística implica em doação da própria vida! Quem se alimenta do corpo e sangue de Cristo, nele se transforma. E com ele, e por meio dele, se doa aos irmãos. A Igreja que vive da Eucaristia tem a sua história marcada pelo sangue dos mártires. O martírio, isto é, o testemunho cristão até a morte, é a expressão máxima de uma vida eucarística. Precisamos ser pessoas eucarísticas, necessitamos ser comunidades eucarísticas, que testemunham corajosamente a fé cristã, com a força da Eucaristia. Quem se alimenta da hóstia sagrada, quem leva a sério a comunhão eucarística, vai sendo transformado em hóstia viva, através da oferta da sua vida e do testemunho.

A eucaristia é “sacramento da caridade” de Cristo, sinal e fonte da caridade que nos une na Igreja. Por isso, uma vida eucarística, uma vida que tem sua fonte e seu sustento na Eucaristia, deve ser uma vida animada pela caridade. Louvemos a Deus pelos inúmeros gestos de caridade, de partilha e solidariedade entre nós, nas nossas famílias e comunidades. Da mesa do altar eucarístico brotam a motivação e a força para tantos se dedicarem aos irmãos que mais sofrem, especialmente, aos doentes e aos pobres.

Nesta festa de Corpus Christi, procuremos refletir sobre como estamos vivendo a caridade entre nós, a vida fraterna em nossas comunidades e o amor para com os irmãos que mais sofrem. Para viver a caridade e dar testemunho público da fé, nós necessitamos muito da Eucaristia, pão dos discípulos missionários de Jesus Cristo. Por isso, a ele pedimos continuamente, como fizeram os discípulos de Emaús: Fica conosco, Senhor! Fica conosco para que possamos caminhar unidos na fé! Fica conosco Senhor, para que possamos viver unidos na caridade! Fica conosco para que possamos superar este tempo tão difícil da pandemia!

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