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Coronavírus – Cientistas britânicos afirmam que podem morrer mais de um milhão de pessoas no Brasil

Nesta quinta-feira (27/03) , foi divulgado um estudo de 30 cientistas do Imperial College de Londres sobre as projeçoes de morte no Brasil, causadas pelo coronavírus. Sem medidas de isolamento social, para reduzir a transmissão do coronavírus, pode haver até 1,15 milhões de mortes no país.

Eles calcularam o número de infectados, pacientes graves e mortos em vários cenários. O primeiro, é sem nenhuma intervenção do governo. Neste caso, afirma, que até 188 milhões podem ser infectados, levando a cerca de 6,2 milhões hospitalizados e 1,5 milhões necessitarão de UTI. Neste caso, o número de mortes é estimado em 1.152.283 de pessoas.

Em outro cenário, com proibição de eventos, redução da circulação e restrição de encontros,122 milhões serão infectados e 3,5 milhões serão hospitalizados o número de mortos será de 627 mil brasileiros ( redução de quase metade do primeiro cenário) , neste caso, informa o Imperial College.

Já com testes massivos e o isolamento dos infectados e monitoramento dos que tiveram alguma relação, como faz a Coreia do Sul, reduz o número de mortes para 206 mil pessoas. São infectados 49,6 milhões de brasileiros, dos quais 1,2 milhões serão hospitalizados. Isso em um cenário tardio, isto é, como afirmam os especialistas, quando o número de mortes chega a 1,6 para cada 100 mil habitantes, em uma semana.

Isso não é terrorismo,, no momento, a única vacina é ficar em casa e cumprir as normas de higiene.

O grupo de Resposta à Covid- 19 do Imperial College de Londres vem fazendo quase em tempo real projeções matemáticas do crescimento da pandemia e avaliações das ações em andamento. Foi um trabalho dessa equipe com projeções para os Estados Unidos e o Reino Unido, que fez o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, recuar sobre a ideia de adotar um isolamento vertical (quarentena só de alguns grupos, como idosos e doentes crônicos).

Segundo eles, uma estratégia de isolamento social que só mantenha idosos em casa, como sugere o presidente Jair Bolsonaro, ainda poderia levar à morte 529 mil pessoas no Brasil a mais do que poderiam ser conseguidos com uma estratégia rápida e ampla de isolamento social em decorrência da covid-19

O trabalho mais recente do Imperial College, divulgado nessa quinta-feira, 26, expandiu a modelagem para 202 países (veja aqui o trabalho, em inglês). Os cientistas, liderados por Neil Ferguson, comparam os possíveis impactos sobre a mortalidade em vários cenários: ausência de intervenções, com distanciamento social mais brando, que eles chamam de mitigação, ou mais restrito, que é a chamada supressão.

 

Jorge Roriz

Fontes; Folha de São Paulo/Estadão.

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