Nesta terça-feira (8), o Parlamento da Coreia do Sul aprovou uma lei que proíbe a criação, o abate e a venda de cães para consumo de carne, uma prática tradicional que muitos ativistas consideraram vergonhosa para o país.
O texto recebeu 208 votos a favor e nenhum contra na Assembleia Nacional. A proibição passa a valer após um período de espera de três anos, assim que receber a aprovação final do Presidente Yoon Suk Yeol.
Dessa forma, criar e matar cães, bem como vender a carne para consumo, será punível com até três anos de prisão ou multas de até 30 milhões de won (23 mil dólares).
Estima-se que o consumo da carne chegue a um milhão de cães anualmente, recentemente drasticamente reduzido em paralelo com a crescente adoção destes animais como animais de estimação. Entre os jovens urbanos da Coreia do Sul, o consumo é considerado um tabu. Assim, os ativistas dos direitos dos animais aumentaram a pressão para que o governo proibisse a prática.
O apoio da administração foi reforçado pelo Presidente Yoon, um amante dos animais que adoptou numerosos cães e gatos vadios, e pela primeira-dama Kim Keon Hee, uma crítica aberta do consumo de carne canina.
Foto: AFP