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COP 16: Fundação Amazônia e a importância do Parque Estadual Ambiental das Árvores Gigantes

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS), organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia, participou da COP 16, a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade, no último dia 25. Na ocasião, a fundação contribuiu com a discussão “Câmbio Climático. Conservação e Gestão de Biodiversidade” junto com o IDEFLOR-Bio, em que apresentaram o projeto de criação do Parque Estadual Ambiental das Árvores Gigantes na Amazônia, no Pará, que visa promover pesquisas científicas e incentivar atividades de educação ambiental e turismo ecológico.A criação da Unidade de Conservação (UC) de árvores gigantes da Amazônia, localizada no município de Almeirim, na região oeste do estado do Pará, é uma iniciativa liderada pelo Governo do Pará, por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (IDEFLOR-Bio), e conta com a parceria do Instituto Federal do Amapá (IFAP), Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e financiamento do Andes Amazon Fund (AAF).

“A criação dessa Unidade de Conservação é algo muito simbólico, não só para a conservação das grandes árvores presentes naquela região, mas para mostrar para o Brasil e para o mundo que temos boas iniciativas para compartilhar com a sociedade. Às vezes, o Brasil só é conhecido através de notícias ruins, como é o caso dos números expressivos de desmatamento e queimadas, mas agora, estamos mostrando e compartilhando uma ideia que pode ser replicada em diversos locais com o objetivo de proteger as florestas. A FAS, durante sua participação na COP16, teve essa missão junto com nossos parceiros, de disseminar essa iniciativa para inspirar outras comunidades”, afirma Virgilio Viana, superintendente-geral da FAS.

“O Parque Estadual das Árvores Gigantes é um passo importante para a proteção das florestas, da biodiversidade e de suas funções climáticas. Ao criar essa área protegida, o Estado do Pará está preparando o caminho para sediar o evento climático mais importante do mundo, que é a COP30. Com essa nova área protegida, o Estado dá um forte sinal de sua liderança e de seus compromissos ambientais. Quero destacar a parceria entre o Governo do Estado do Pará, em especial o governador (Helder) Barbalho, o Ideflor-Bio, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e o Fundo Andes Amazônia. Temos várias áreas nesse escopo para complementar nessa recente declaração. Este é um momento muito emocionante para o mundo”, considera Enrique Ortiz, diretor sênior de Programas do Andes Amazon Fund.

Com uma área de aproximadamente 560 mil hectares, o Parque Estadual das Árvores Gigantes deriva de uma porção da Floresta Estadual (Flota) do Paru, que foi recategorizada com objetivo de proteção integral.

O principal destaque desta área é a presença de árvores gigantes, incluindo um exemplar de angelim-vermelho (Dinizia excelsa) com 88,5 metros de altura, registrado como a maior árvore do Brasil e da América Latina, e uma das dez maiores do mundo. A Unidade de Conservação foi estabelecida com o propósito de proteger essas espécies e preservar populações de flora e fauna ameaçadas de extinção, além de espécies raras e endêmicas que habitam a região.

Conservação da biodiversidade contra a crise climática

As árvores gigantes da Amazônia representam um papel-chave na manutenção da biodiversidade e no equilíbrio ecológico do bioma. Esses espécimes de grande porte atuam na regulação do clima, absorvendo grandes quantidades de carbono da atmosfera e ajudando a mitigar os impactos da crise climática.

As gigantes são abrigo, lar e oferecem condições de vida para uma vasta gama de espécies de fauna e flora, contribuindo para a proteção da diversidade biológica regional. São um verdadeiro patrimônio cultural, histórico e científico, e podem fornecer valiosas informações sobre o passado da Amazônia, além do potencial para novos estudos e descobertas em inovação e tecnologia.

Por isso, os planos de conservação das árvores gigantes da Amazônia são tão relevantes. Os esforços conjuntos de governos regionais e da sociedade civil salvaguardam não apenas o futuro do bioma, como também promovem o bem-estar das comunidades locais e globais que precisam da floresta amazônica viva e em pé.

Sobre a FAS 

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia. Sua missão é contribuir para a conservação do bioma, para a melhoria da qualidade de vida das populações da Amazônia e valorização da floresta em pé e de sua biodiversidade. Com 16 anos de atuação, a instituição tem números de destaque, como o aumento de 202% na renda média de milhares famílias beneficiadas e a queda de 39% no desmatamento em áreas atendidas.

Sobre o IDEFLOR-Bio

Com sede em Belém (PA), mas com circunscrição em todo o estado, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (IDEFLOR-Bio) é uma entidade de direito público, constituída sob a forma de autarquia, com autonomia técnica, administrativa e financeira. O Instituto busca exercer a gestão das florestas públicas visando a produção sustentável e a preservação da biodiversidade, incluindo entre suas funções a gestão da política estadual para produção e desenvolvimento da cadeia florestal; e a execução das políticas de preservação, conservação e uso sustentável da biodiversidade, da fauna e da flora terrestres e aquáticas no estado.

Sobre o IFAP

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (Ifap) é uma instituição de ensino superior e técnico brasileira, sediada no estado do Amapá. O instituto foi criado mediante a transformação da Escola Técnica Federal do Amapá. Sua reitoria está sediada em Macapá. Atualmente, possui campus nos municípios de Macapá, Santana, Laranjal do Jari, Oiapoque, Porto Grande e um centro EAD em Pedra Branca do Amapari.

Sobre o Andes Amazon Fund

O Fundo Andes Amazônia (Andes Amazon Fund) protege paisagens naturais com biodiversidade rica ou única nas regiões dos Andes e da Amazônia. A organização apoia a criação e a expansão de áreas protegidas e o reconhecimento legal de terras indígenas com uma abordagem integrada em que a natureza e os povos locais possam florescer. Entre as principais atividades da organização, está o apoio à expansão do conjunto de áreas protegidas em nível nacional, regional e local; e melhorar o gerenciamento dessas terras com o fornecimento de recursos financeiros.

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