O perfil de consumidores, divulgado pela Revista de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), aponta que
nos últimos dez anos, o consumo de alimentos ultraprocessados pelos brasileiros teve aumento médio de 5,5%.
“O aumento do consumo de alimentos ultraprocessados entre 2008 e 2017, embora não tenha sido muito grande, foi significativo. Esse aumento corrobora outras pesquisas que avaliaram compras das famílias brasileiras desde a década de 1980, mostrando que o aumento vem ocorrendo há décadas”, explicou a vice-coordenadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP), Maria Laura Louzada.
Os alimentos ultraprocessados são formulações industriais prontas para consumo. Eles pioram o estado de saúde das pessoas portadoras de câncer, diabetes, hipertensão, além de aumentar risco de pessoas saudáveis contraírem essas doenças.
Esses alimentos contêm pouco ou nenhuma nutrição, além de serem fartos em açúcar e gorduras e carentes de fibras e micronutrientes. Entre eles, estão refrigerantes, biscoitos de pacote, doces e salgados, macarrão instantâneo, alimentos prontos para aquecer, doces, balas, chocolates e embutidos como presunto, mortadela e outros.