Diversos estudos científicos têm explorado a relação entre o consumo de carne vermelha e o aumento do risco de hipertensão arterial.
Uma pesquisa brasileira, intitulada “Consumo de carne vermelha e processada e a incidência de hipertensão arterial: ELSA–Brasil coorte”, investigou essa associação.
O estudo utilizou dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) e encontrou que o consumo elevado de carnes processadas está associado a um maior risco de desenvolver hipertensão arterial.
A principal hipótese para essa associação é a alta concentração de sódio presente nas carnes processadas. O excesso de sódio pode levar à retenção de líquidos, aumentando o volume sanguíneo e, consequentemente, a pressão arterial. Além disso, essas carnes frequentemente contêm gorduras saturadas, que também podem prejudicar a saúde cardiovascular.
É importante notar que o consumo excessivo de embutidos também está relacionado a um aumento no risco de câncer, especialmente tumores intestinais. Diante disso, especialistas recomendam que o consumo de carnes processadas seja reservado para ocasiões esporádicas, como eventos sociais, e que a dieta diária seja rica em alimentos frescos e naturais
Em contrapartida, não foi observada a mesma associação com o consumo de carne vermelha não processada.
É importante notar que o consumo excessivo de embutidos também está relacionado a um aumento no risco de câncer, especialmente tumores intestinais. Diante disso, especialistas recomendam que o consumo de carnes processadas seja reservado para ocasiões esporádicas, como eventos sociais, e que a dieta diária seja rica em alimentos frescos e naturais
Os resultados sugerem que o consumo de carne processada em níveis moderados e altos aumenta o risco de hipertensão e deve ser desestimulado por meio de diretrizes dietéticas e políticas públicas.
Além disso, uma revisão integrativa publicada na Revista Brasileira de Hipertensão analisou o impacto do consumo excessivo de carne vermelha no desenvolvimento e progressão de doenças cardiovasculares em adultos.
Os estudos revisados indicam que o consumo elevado de carne vermelha, especialmente a processada, está relacionado ao aumento do risco de aterosclerose e infarto, além de contribuir para a disfunção endotelial e elevação da pressão arterial devido à presença de conservantes como nitritos e nitratos.
Essas evidências reforçam a importância de moderar o consumo de carnes vermelhas e processadas como parte de uma estratégia para prevenir a hipertensão arterial e promover a saúde cardiovascular.
A adoção de uma dieta equilibrada, rica em frutas, hortaliças, cereais integrais e laticínios com baixo teor de gordura, conforme preconizado pela dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension), tem demonstrado efeitos benéficos no controle da pressão arterial.
Portanto, a moderação no consumo de carnes vermelhas e processadas, aliada a hábitos alimentares saudáveis, é fundamental para a prevenção da hipertensão arterial e a promoção da saúde cardiovascular.