O psiquiatra e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), MD e PHD, Antonio Nery, criou há 16 anos o projeto Consultórios de Rua, que prevê o atendimento de crianças e jovens de rua, viciados em drogas. Ele é Fundador e Coordenador geral do Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas (CETAD) da Faculdade de Medicina da Bahia da UFBA.
Nery promove o atendimentos dos viciados em drogas nas ruas e ele não acredita no sucesso do tratamento que obriga a abstinência.
“Isso é quase impossível, pelo tipo de vida que essas pessoas levam. Para elas a vida ficaria insuportável. São pessoas excluídas de tudo e de todos. São marginais no sentido sociológico. Não tem direito a nada e nada lhes é oferecido”, define. Segundo ele, essa é uma das principais razões pelas quais essas pessoas se drogam. No entendimento do psiquiatra, falta o Estado (Federação) fazer a sua parte na retaguarda desse trabalho, oferecendo tudo o mais necessário ao resgate da cidadania de quem está abaixo da linha da miséria absoluta.
O psiquiatra não sabe informar quantas pessoas já foram atendidas por ele. “Quando se trabalha nas ruas não dá para ter números. É quase impossível”, diz ele, que avalia os atendimentos como uma oferta de possibilidades.
“Não queremos salvá-los, impor regras ou práticas, tudo é voluntário. Eles são excluídos e de rua, não são estúpidos. Às vezes a droga é o menos importante na vida dessas pessoas, por isso estabelecemos um diálogo com elas”, ressalta.
Nery, lidera uma equipe de 11 pessoas entre o motorista do veículo usado no trabalho, uma van equipada, conhecida como “laranjão”, e o coordenador.
Além das conversas são oferecidos preservativos e encaminhamento para centros de saúde, quando são detectadas patologias paralelas, entre outros serviços.
O serviço de consultórios de ruas, funcionou de uma forma ininterrupta de 1995 até 2004, em parceria com as secretarias de Saúde e Justiça do Estado. A partir de então o serviço foi suspenso por falta de recursos e voltou a funcionar em 2010, incluindo as cidade de Lauro de Freitas e Camaçari.
Em Salvador o trabalho é desenvolvido em dois pontos identificados pelo grupo como possíveis e com grandes problemas que são a Feira de São Joaquim e a Rua do Gravatá, no Centro Histórico, onde ocorre um intenso comércio de drogas.
Fonte: Estadão/2o11
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