A constipação intestinal crônica e a síndrome do cólon irritável são duas doenças comuns e das mais frequentes vistas nos consultórios médicos, principalmente atingindo a população feminina. A primeira, na grande maioria das vezes, pode ser considerada como consequente ao aprendizado quando fatores sócio-culturais exercem forte direcionamento, mas que também se associa a uma grande variedade de distúrbios intestinais intrínsecos, bem como aos fatores externos iatrogênicos.
As recomendações da Associação Americana de Gastrenterologia que visam solucionar esses problemas estão relacionadas a abordagens diagnósticas mais racionais e, se possível, menos invasivas; esquemas terapêuticos mais racionais e mais eficazes objetivando melhorar a qualidade de vida e benefícios envolvendo fatores sociais e econômicos de impacto sobre o sistema de saúde pública.
O médico proctologista Rogério Medrado esclareceu ao Saúde no Ar desta segunda-feira (29) que muita força para evacuar e pouco volume de fezes, pode caracterizar sintomas de doenças intestinais. “Mulheres são as que mais sofrem desse problema, pela dificuldade em usar banheiros públicos, e também causas hormonais”, afirmou.
As modificações alimentares devem ser lentas e a ingestão de fibras e líquidos devem ser mantidas, mesmo em situações como viagens e gravidez, explica o especialista.
Ouça abaixo mais orientações do proctologista a respeito do assunto:
Câncer colo retal e Doença de Crhon são patologias desencadeadas, na maioria das vezes, por constipação intestinal. O exame de diagnóstico é o chamado colonoscopia. Em Salvador, pelo SUS, há atendimento no HAM -Hospital Aritides Maltez, Roberto Santos e Irmã Dulce.
Quanto à cirurgia, ela só deve ser indicada em casos extremos de constipação, quando o paciente já não responde a qualquer medicação, apresenta impactação das fezes e quando há inércia do trânsito cólico. Nos casos bem indicados, a maioria dos pacientes operados apresentam bons resultados, com aumento da qualidade de vida em 90% dos casos.
Alimentação adequada- As chamadas frutas laxativas não precisam ser consumidas apenas por quem tem prisão de ventre, mas é preciso cuidado com as contraindicações. “Frutas laxativas permitem o organismo sempre estar regular. Só que não vão bem para quem tem diarreia crônica ou Doença de Crohn”, explica a nutricionista funcional e clínica Daniela Jobst. A sua indicação é que da porção de três frutas diárias, duas sejam laxativas, para que o intestino funcione de forma equilibrada, sem imitar, porém, o efeito dos remédios laxantes que têm ação mais agressiva no organismo.
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