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Conscientização contra o cigarro

O Brasil é um dos oito países que atingiram quatro metas ou mais, recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para reduzir doenças e mortes relacionadas ao tabaco (MPOWER). A informação vem do relatório “Who report on the global tobacco epidemic, 2017” divulgado pela entidade, em julho deste ano. De acordo a OMS, o tabaco mata quase 6 milhões de pessoas por ano. Se não houver nenhuma mudança de cenário, a previsão para 2030 é que mais de 8 milhões de pessoas morram por conta do cigarro.

Para alertar a população sobre os danos causados pelo cigarro, 29 de agosto foi escolhido como Dia Nacional de Combate ao Fumo. “O hábito é considerado uma das principais causas isoladas, evitáveis, de morte precoce em todo o mundo”, lembra o médico cardiologista Luiz Pinho. Além do cigarro ser causa de doenças pulmonares e cardiovasculares, o fumo é um fator de risco que pode levar a outras doenças como disfunção erétil, infertilidade masculina e feminina, osteoporose e catarata, explica o médico.

O tabagismo é conhecido como uma doença epidêmica que gera dependência física, psicológica e comportamental. A nicotina, presente nos cigarros, é a causa da dependência, e pode ser comparada a drogas como cocaína e heroína. Os fumantes consomem cerca de 4.700 substâncias tóxicas e 43 substâncias cancerígenas. Por conta dos seus componentes, o fumo é a causa de 50 doenças, entre elas o câncer, doenças vasculares e respiratórias.

Entre 1990 e 2015 a porcentagem de brasileiros fumantes diários caiu de 29% para 12% entre homens e de 19% para 8% entre as mulheres. Apesar do número trazer esperança, ainda é preciso muita conscientização, o Brasil tem prejuízo de  cerca de R$ 57 bilhões por ano com o tabagismo: deste total, cerca de R$ 39 bilhões são gastos com despesas médicas e cerca de R$ 17 bilhões com custos indiretos ligados à redução da produtividade causada por incapacitação de trabalhadores ou morte prematura. O Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking de número absoluto de fumantes.

 

Fonte: Dr. Luiz Pinho

Foto: Pixabay

Redação Saúde no Ar

 

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